tag:blogger.com,1999:blog-39742537943228611082024-03-13T05:36:25.926-03:00BLOGUE DO POERNERARTHUR POERNERhttp://www.blogger.com/profile/10861725823348714550noreply@blogger.comBlogger212125tag:blogger.com,1999:blog-3974253794322861108.post-82391865992949962342017-04-17T21:03:00.001-03:002017-04-17T21:07:31.889-03:00"SOBROU PARA TODOS"<br />
<span style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; float: none; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"> O coleguinha que fez a manchete de "O Globo" não poderia ter sido mais sintético e preciso. É a total desmoralização do nosso presidencialismo de coalizão, com a implosão do mercantilizado sistema político-partidário vigente. De imediato, só nos resta esperar que esta "delação do fim do mundo", do ministro Edson Fachin, assinale também o sepultamento dos escandalosos vazamentos seletivos da operação Lava-Jato. Que, pelo menos, as notícias sobre a delação sejam amplas, gerais, irrestritas e, sobretudo, isentas, tanto as dos juízes quanto as da mídia.<span class="Apple-converted-space"> </span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; float: none; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><span class="Apple-converted-space"><br /></span></span><br />
<span class="Apple-converted-space"><span style="font-family: "helvetica";"><span style="color: black;"> <strong> </strong></span></span></span><a class="profileLink" data-hovercard-prefer-more-content-show="1" data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=100006231609021" href="https://www.facebook.com/arthur.j.poerner" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #365899; cursor: pointer; font-family: Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;"><strong><span style="color: black;">Arthur Poerner</span></strong></a>ARTHUR POERNERhttp://www.blogger.com/profile/10861725823348714550noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3974253794322861108.post-34086393471252906112017-03-31T20:00:00.001-03:002017-03-31T20:05:31.781-03:00No compasso da censura - Samba proibido<div dir="ltr" id="m_-314578500824466522m_9073363402334826304divRplyFwdMsg" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: black; font-family: Calibri, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<div>
</div>
</div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: black; font-family: Calibri, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<div dir="ltr">
<div>
<div class="m_-314578500824466522h5">
<div>
<span style="color: black; font-family: "oglobocondensed" , "arial" , sans-serif;"><span style="font-size: 16px;"><b>No<span class="Apple-converted-space"> </span><i>link</i>, Poerner fala da parceria com Candeia, ao som de trechos do samba.</b></span></span></div>
<div>
<span style="color: black; font-family: "oglobocondensed" , "arial" , sans-serif; font-size: 16px;"><br /></span></div>
<div>
<span style="color: black; font-family: "oglobocondensed" , "arial" , sans-serif; font-size: 16px;">Jornal: O Globo - Segundo Caderno - Data: 26/03/2017 - Por Mariana Filgueiras.</span></div>
<div>
<span style="color: black; font-family: "oglobocondensed" , "arial" , sans-serif; font-size: 16px;"><br /></span></div>
<div>
<span style="color: black; font-family: "oglobocondensed" , "arial" , sans-serif; font-size: 16px;">FONTE: </span><a data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?hl=pt-BR&q=http://oglobo.globo.com/cultura/musica/letras-originais-censuradas-de-candeia-paulinho-da-viola-outros-bambas-sao-reveladas-21115187%23ixzz4cjD2atQG&source=gmail&ust=1491087016742000&usg=AFQjCNFoy2Sq6PCQY9DMf-TraBelO2SS3A" href="http://oglobo.globo.com/cultura/musica/letras-originais-censuradas-de-candeia-paulinho-da-viola-outros-bambas-sao-reveladas-21115187#ixzz4cjD2atQG" id="m_-314578500824466522m_9073363402334826304LPlnk43066" style="background-color: transparent; color: #003399; font-family: oglobocondensed, arial, sans-serif; font-size: 16px; outline: 0px; text-decoration: none;" target="_blank">http://oglobo.globo.com<wbr></wbr>/cultura/musica/letras-origina<wbr></wbr>is-censuradas-de-candeia-<wbr></wbr>paulinho-da-viola-outros-<wbr></wbr>bambas-sao-reveladas-21115187#<wbr></wbr>ixzz4cjD2atQG</a></div>
<br />
<div>
<span style="color: black; font-family: "oglobocondensed" , "arial" , sans-serif; font-size: 16px;">Desde o início de 2015, o Arquivo Nacional está digitalizando todo seu acervo de documentos da ditadura militar, um trabalho de valor fundamental para a preservação da história do país - e que deve ser concluído até dezembro deste ano. Nas milhares de caixas de documentos, há toda a leva de letras musicais que foram submetidas à censura entre 1964 e 1985. No total, são 13.743 letras de músicas, e mais da metade já foi disponibilizada para o público no site da instituição. Entre elas, cerca de 1.500 eram sambas, de compositores como Paulinho da Viola, Candeia, Martinho da Vila, Leci Brandão, Nei Lopes, Zé Kéti, Elton Medeiros e tantos outros. É neste montante que se concentrará esta série de reportagens do GLOBO, que vai contar as histórias de bastidores destas canções, as circunstâncias em que se deram os vetos e a reação dos compositores ao ver esses documentos originais pela primeira vez.</span></div>
<div>
<h2 class="m_-314578500824466522m_9073363402334826304gmail-no-border" style="border-image: none; border: 0px currentColor; color: #364352; font-family: oglobocondensed, arial, sans-serif; line-height: 44px; margin-left: 186.25px; margin-right: 320px; margin-top: 0px; padding-top: 30px; text-transform: uppercase; width: 350px;">
<span style="font-size: x-small;">CANDEIA E O 'MORRO DO SOSSEGO'</span></h2>
</div>
<div>
<span style="color: black; font-family: "oglobocondensed" , "arial" , sans-serif; font-size: 16px;">RIO – Era a noite de Sexta-Feira da Paixão de 1968. O jornalista e escritor carioca Arthur Poerner, que já havia sido preso pelo regime militar, hospedava em casa, no Jardim Botânico, o amigo uruguaio Eduardo Galeano, que colhia informações para o livro “As veias abertas da América Latina”, que se tornaria um clássico quando publicado, três anos depois. Galeano pediu para Poerner levá-lo a um terreiro de quimbanda que funcionava no Morro do Sossego, ali perto.</span></div>
<div>
<span style="color: black; font-family: "oglobocondensed" , "arial" , sans-serif; font-size: 16px;"><br /></span></div>
<div>
<span style="color: black; font-family: "oglobocondensed" , "arial" , sans-serif; font-size: 16px;">Voltaram de lá tão impressionados “com o que havia de protesto anárquico no ritual”, especialmente com a figura de um preto velho, o Vovô Catirino, lembra Poerner, que chegou em casa e escreveu um poema sobre o episódio, “Morro do Sossego” (Galeano também relataria o que viu em 1978, no livro “Dias e noites de amor e guerra”). O poema ficou na gaveta por dois anos, até o dia em que um novo amigo, Antonio Candeia Filho, o Candeia — sambista que surgia com força impressionante na Portela — convidou Poerner para uma parceria musical. O jornalista entregou o mote guardado ao sambista: “Ó Catirino menino, pombo que escapa ao morcego/ seu sangue quer preservar/ Ó, Catirino inquilino, sossega lá no Sossego...”</span></div>
<div>
<span style="color: black; font-family: "oglobocondensed" , "arial" , sans-serif; font-size: 16px;"><br /></span></div>
<div>
<span style="color: black; font-family: "oglobocondensed" , "arial" , sans-serif; font-size: 16px;"><i><u>A discussão sobre a censura na música popular brasileira existe há um tempo, mas não no samba’</u></i><br />
</span><div class="m_-314578500824466522m_9073363402334826304gmail-autor">
<span style="color: black; font-family: "oglobocondensed" , "arial" , sans-serif; font-size: 16px;"><i><u><strong>- Stephen Bocskay</strong>Pesquisador</u></i></span></div>
<span style="color: black; font-family: "oglobocondensed" , "arial" , sans-serif; font-size: 16px;">
<br />— Quando leu o poema, Candeia quis musicá-lo. Ele era, também, à sua maneira, um contestador do sistema e da opressão, profundamente engajado na luta pela pureza do samba e contra a discriminação racial e social, duas das muitas causas pelas quais se batia. No fim daquele ano, eu já estava exilado na Alemanha, e ele me escreveu, informando que o conjunto Nosso Samba gravaria a composição “em janeiro, o mais tardar”, e que a Clara Nunes “já a cantarolava”. Mandou até uma fita K7 com uma gravação caseira, que guardo até hoje. Eu nunca soube da censura. Nem os meus prontuários no Dops e no SNI se referiam ao fato — detalha o jornalista, aos 76 anos, autor de “O poder jovem”, de 1968, best-seller sobre a história do movimento estudantil brasileiro, dos primeiros livros a serem recolhidos pós-AI-5.<br /></span><br /></div>
<div>
<span style="color: black; font-family: "oglobocondensed" , "arial" , sans-serif; font-size: 16px;">A confirmação só aconteceu agora: a letra fora de fato vetada, e de acordo com o parecer dos censores, dado no dia 26 de maio de 1971, “por incentivar a luta de classes”. O documento acaba de ser encontrado durante o processo de digitalização das letras musicais que eram submetidas à censura na ditadura militar (1964-1985), minucioso trabalho a que o Arquivo Nacional deu início em 2015 e que só deve se concluir em dezembro deste ano — e que já revelou outras canções inéditas da MPB, conforme publicado no GLOBO quando do início do trabalho.<br /></span></div>
<div>
<span style="color: black; font-family: "oglobocondensed" , "arial" , sans-serif; font-size: 16px;">No total, são 13.743 letras de músicas, e mais da metade já foi disponibilizada para o público no site da instituição. Entre elas, cerca de 1.500 eram sambas, de compositores como Paulinho da Viola, que teve apenas uma música censurada em sua carreira, “Meu sapato”, de 1971. A canção foi alterada por ele, ganhando novos versos, tendo sido gravada apenas cinco anos depois, no álbum “Memórias cantando”, de 1976. Ou como Martinho da Vila, Leci Brandão, Nei Lopes, Zé Kéti, Elton Medeiros e tantos outros. É neste montante que se concentrará esta série de reportagens que tem início hoje e vai até quarta-feira.<br /></span></div>
<div>
<span style="color: black; font-family: "oglobocondensed" , "arial" , sans-serif; font-size: 16px;">O samba “Morro do Sossego” só foi gravado em 1988, por Cristina Buarque, num disco que homenageava Candeia dez anos depois de sua morte, em 1978. A intérprete o escolheu para o repertório por ser um samba “que ele gostava de cantar nas rodas de samba, apesar de nunca ter gravado”.<br /></span></div>
<div>
<span style="color: black; font-family: "oglobocondensed" , "arial" , sans-serif; font-size: 16px;"><div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: black; font-family: Calibri, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="color: black; font-family: oglobocondensed, arial, sans-serif; font-size: 16px;">A confirmação só aconteceu agora: a letra fora de fato vetada, e de acordo com o parecer dos censores, dado no dia 26 de maio de 1971, “por incentivar a luta de classes”. O documento acaba de ser encontrado durante o processo de digitalização das letras musicais que eram submetidas à censura na ditadura militar (1964-1985), minucioso trabalho a que o Arquivo Nacional deu início em 2015 e que só deve se concluir em dezembro deste ano — e que já revelou outras canções inéditas da MPB, conforme publicado no GLOBO quando do início do trabalho.<span><br /></span></span></div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: black; font-family: Calibri, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="color: black; font-family: oglobocondensed, arial, sans-serif; font-size: 16px;">No total, são 13.743 letras de músicas, e mais da metade já foi disponibilizada para o público no site da instituição. Entre elas, cerca de 1.500 eram sambas, de compositores como Paulinho da Viola, que teve apenas uma música censurada em sua carreira, “Meu sapato”, de 1971. A canção foi alterada por ele, ganhando novos versos, tendo sido gravada apenas cinco anos depois, no álbum “Memórias cantando”, de 1976. Ou como Martinho da Vila, Leci Brandão, Nei Lopes, Zé Kéti, Elton Medeiros e tantos outros. É neste montante que se concentrará esta série de reportagens que tem início hoje e vai até quarta-feira.<span><br /></span></span></div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: black; font-family: Calibri, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="color: black; font-family: oglobocondensed, arial, sans-serif; font-size: 16px;">O samba “Morro do Sossego” só foi gravado em 1988, por Cristina Buarque, num disco que homenageava Candeia dez anos depois de sua morte, em 1978. A intérprete o escolheu para o repertório por ser um samba “que ele gostava de cantar nas rodas de samba, apesar de nunca ter gravado”.<span><br /></span></span></div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: black; font-family: Calibri, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="color: black; font-family: oglobocondensed, arial, sans-serif; font-size: 16px;"><br /></span></div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: black; font-family: Calibri, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="color: black; font-family: oglobocondensed, arial, sans-serif; font-size: 16px;"><img class="CToWUd a6T" height="420" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/proxy/AVvXsEjzLrxiKEZSoCrF47sl9XxnhTUFJuvvxkDh4CpW8lnDlsZaHtlOQ9LDFeTMqo-amisEyPYE1BWacYTFR6SMKSP-fdXggRZetVKb9uI0PqV9mt8Sb5N2S7AcFUXEeJ6NUSE8IbX322RBLoCNTRtX79VJQNZuRIGoi8rGg7Fjhwv4D8r0TuZaEZtMAw=s0-d-e1-ft" style="border-image: none; border: 0px currentColor; color: #222222; cursor: pointer; display: block; height: auto; margin: 0px auto; max-width: 800px; outline: 0px; vertical-align: middle; width: 607.84px;" width="700" /></span></div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: black; font-family: Calibri, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="color: black; font-family: oglobocondensed, arial, sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;">Letra de 'O morro do sossego' vetade por 'incentivar a luta de classes'<b> - Reprodução</b></span></span></div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: black; font-family: Calibri, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="color: black; font-family: oglobocondensed, arial, sans-serif;"><span><span style="font-size: xx-small;"><b><br /></b></span></span></span></div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: black; font-family: Calibri, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 16px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<span style="color: black; font-family: oglobocondensed, arial, sans-serif;"><span><span style="font-size: 16px;">— Ele nunca comentou a censura desse samba — observou Cristina, ao ver o documento pela primeira vez, na última segunda-feira, onde percebeu também os erros de datilografia da própria gravadora que enviou a letra (em vez de “Sinhá, pra melhorá”, é “E sonhar pra melhorar”). — Procurei no livro “Candeia, luz da inspiração”, escrito por um grande<span class="Apple-converted-space"> </span></span></span></span></div>
<br /></span><br /></div>
<div>
<span style="color: black; font-family: "oglobocondensed" , "arial" , sans-serif; font-size: 16px;"><br /></span></div>
<div>
<span style="color: black; font-family: "oglobocondensed" , "arial" , sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;">Letra de 'O morro do sossego' vetade por 'incentivar a luta de classes'<b> - Reprodução</b></span></span></div>
<div>
<span style="color: black; font-family: "oglobocondensed" , "arial" , sans-serif;"><span style="font-size: xx-small;"><b><br /></b></span></span></div>
<div>
<span style="color: black; font-family: "oglobocondensed" , "arial" , sans-serif;"><span style="font-size: 16px;">— Ele nunca comentou a censura desse samba — observou Cristina, ao ver o documento pela primeira vez, na última segunda-feira, onde percebeu também os erros de datilografia da própria gravadora que enviou a letra (em vez de “Sinhá, pra melhorá”, é “E sonhar pra melhorar”). — Procurei no livro “Candeia, luz da inspiração”, escrito por um grande amigo dele, João Baptista Vargens, mas não se fala nesse assunto. O samba só é citado na discografia.</span><span style="font-size: 16px;"><br /></span></span></div>
</div>
</div>
<div>
<span style="color: black; font-family: "oglobocondensed" , "arial" , sans-serif;"></span><div>
<div class="m_-314578500824466522h5">
<div style="font-size: 16px;">
<span style="color: black; font-family: "oglobocondensed" , "arial" , sans-serif;">Quem está farejando os documentos raros deste período específico da história do gênero é o pesquisador musical americano e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Stephen Bocskay, que está finalizando o livro “Samba e afropolítica durante a ditadura militar brasileira”, ainda sem editora. É à distância que ele vem conseguindo esmiuçar o acervo recém-escaneado pelo Arquivo Nacional.</span></div>
<div style="font-size: 16px;">
<span style="color: black; font-family: "oglobocondensed" , "arial" , sans-serif;">— Como Candeia foi um homem tão dedicado ao combate da opressão da cultura negra brasileira, me custava aceitar a ideia de que nenhum samba dele tivesse sido vetado. Para mim, era só questão de tempo até alguma prova aparecer. Nem historiadores ou familiares sabiam dizer — comenta Bocskay, que é músico e pesquisador da cultura da diáspora africana há cerca de oito anos e professor visitante de pós-graduação em Comunicação na UFPE. — A discussão sobre a censura na música popular brasileira existe há um tempo, mas não no samba. O silenciamento do negro é uma ferida aberta na sociedade brasileira. Eu me interessei pelo assunto porque muitas pessoas, e livros, ou escamoteiam as relações raciais entre brancos e negros ou as idealizam em nome de uma identidade nacional unificada da mestiçagem cordial, o que é uma farsa.</span></div>
<span style="color: black; font-family: "oglobocondensed" , "arial" , sans-serif;"><span style="font-size: 16px;"> </span></span><br />
<span style="color: black; font-family: "oglobocondensed" , "arial" , sans-serif;"><span style="font-size: 16px;"> <strong> Arthur Poerner</strong></span></span></div>
</div>
<span style="color: black; font-family: "oglobocondensed" , "arial" , sans-serif;">
<div id="m_-314578500824466522m_9073363402334826304LPBorder_GT_14909153155470.9407125298271046" style="margin-bottom: 20px; overflow: auto; text-indent: 0px; width: 857px;">
</div>
</span><br /></div>
</div>
</div>
<br />ARTHUR POERNERhttp://www.blogger.com/profile/10861725823348714550noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-3974253794322861108.post-20281886079041504492017-03-04T11:20:00.001-03:002017-03-04T11:20:48.802-03:00Meu olhar marejou<div class="gmail_quote" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<div>
<div class="m_5965886476878469697m_-8086641759081221842h5">
<div dir="ltr">
<div class="gmail_quote">
<div>
<div class="m_5965886476878469697m_-8086641759081221842m_4504328253953692844h5">
<div dir="ltr">
<div>
<span style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;"> </span><div>
<span style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;"> Só pode ter sido a lavagem com as águas da Portela que me fez acordar tão bem, tão feliz e em paz, mesmo neste mundo em que se acirra a belicosidade. Há muito que eu não despertava tão inteiro e disposto a enfrentar os trevosos tempos que se avizinham.</span></div>
<div>
<span style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;"> Só pode ter sido o peso de que me livrei, dos 33 anos em que desfilei tantas vezes e deixava a Portela ovacionada na Sapucaí para que o sonho se acabasse na quarta-feira, na apuração dos resultados, até por um décimo, como no ano passado.</span></div>
<div>
<span style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;"> O Candeia, meu saudoso amigo e parceiro, principal responsável pelo tom azul e branco da minha identidade, certamente tem a ver com isto: deve ter ouvido o apelo do samba, alumiando o nosso caminho banhado de axé.</span></div>
<span class="HOEnZb adL"><span style="color: #888888;"><span class="m_5965886476878469697m_-8086641759081221842m_4504328253953692844m_-3328692036294051542HOEnZb"><span style="color: #888888;"><div>
<span style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px;"> <strong> Arthur Poerner <span style="color: black;"> </span></strong></span></div>
</span><div>
<br /></div>
</span><div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
</span><div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
</span><div>
<br /></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
ARTHUR POERNERhttp://www.blogger.com/profile/10861725823348714550noreply@blogger.com17tag:blogger.com,1999:blog-3974253794322861108.post-86951102885286449792016-09-05T19:15:00.003-03:002016-09-05T19:16:42.055-03:00A FORÇA DAS RUAS<br />
<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #222222; display: inline !important; float: none; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;"> </span><br />
<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #222222; display: inline !important; float: none; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;"> É do povo que terão de vir as reformas urgentes de que tanto precisa o nosso país. Quase nada se pode esperar do Congresso que está aí, eleito, em grande parte, pelo dinheiro da corrupção das grandes empresas, fisiológico em suas práticas e sempre regido pela ambição de cargos e outras vantagens corporativistas, sem levar em conta o todo nacional. Um Congresso que, como disse o cientista político Leonardo Avritzer, representa "interesses privados muito particulares". E que, por isto, perdeu por completo a sintonia com o povo brasileiro.</span><br />
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
Foi com uma passeata, em 1º de fevereiro de 2007, que retomamos o terreno que sediava a UNE até o golpe de 1964. Tive a honra de estar com Aldo Arantes, ex-deputado federal e ex-presidente da entidade estudantil, na linha de frente da marcha que partiu dos Arcos da Lapa para romper as barreiras que impediam o acesso dos estudantes à Praia do Flamengo, 132. </div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<br /></div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 12.8px; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; orphans: 2; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;">
<b> Arthur Poerner</b></div>
ARTHUR POERNERhttp://www.blogger.com/profile/10861725823348714550noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3974253794322861108.post-90398347268700139232016-07-23T19:23:00.002-03:002016-07-23T19:23:45.405-03:00A explosão dos conflitos raciais nos EUA<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #1d2129; display: inline !important; float: none; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/19.32px helvetica, arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;"> </span><br />
<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #1d2129; display: inline !important; float: none; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/19.32px helvetica, arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;"> A explosão dos conflitos raciais nos EUA vem tornando cada vez mais injustificáveis e até bizarras as cobranças oficiais norte-americanas pelo respeito aos direitos humanos em Cuba e noutros países. Exigências que, por serem ideológicas e imperialistas - e não de cunho humanitário -, poupam, descaradamente, os aliados de Washington, como a Arábia Saudita, por exemplo.</span><br />
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #222222; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 12.8px/normal arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;">
<span style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline !important; float: none; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/19.32px helvetica, arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"> A matança de negros por policiais brancos, sem a punição dos culpados, já virou um escândalo internacional, emoldurado pelo ressurgimento</span><span style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/19.32px helvetica, arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><span> </span>de grupos extremistas que defendem a supremacia branca, como a Ku Klux Klan, e a ausência de qualquer tipo de controle sobre a venda de armas e munições.</span><div>
<span style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/19.32px helvetica, arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"> Embora os negros representem apenas 13% da população total dos EUA, o índice de assassinato deles é oito vezes maior do que o de brancos. É claro que o Brasil, onde negros e pobres também são as maiores vítimas da violência policial, está longe de ser um modelo a seguir, mas, pelo menos, não caímos no ridículo de nos arvorarmos em baluartes mundiais dos direitos humanos.</span></div>
</div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #222222; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 12.8px/normal arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;">
<span style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/19.32px helvetica, arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><br /></span></div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #222222; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 12.8px/normal arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;">
<span style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; letter-spacing: normal; line-height: 19.32px; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><b> Arthur Poerner</b></span></div>
ARTHUR POERNERhttp://www.blogger.com/profile/10861725823348714550noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3974253794322861108.post-28296793375850777802016-07-22T19:40:00.006-03:002016-07-23T19:32:06.681-03:00"Arthur Poerner entre estudantes e intelectuais ((1965-1968)"<span style="background-color: white; color: #333333; display: inline; float: none; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/20px "helvetica neue" , "helvetica" , "arial" , sans-serif; letter-spacing: normal; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><span style="color: #1d2129;"></span><span style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; float: none; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/19.32px "helvetica" , "arial" , sans-serif; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><br /></span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; display: inline; float: none; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/20px "helvetica neue" , "helvetica" , "arial" , sans-serif; letter-spacing: normal; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><span style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; float: none; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/19.32px "helvetica" , "arial" , sans-serif; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">Dissertação de<span class="Apple-converted-space"> </span></span><a class="profileLink" data-hovercard="/ajax/hovercard/user.php?id=100001988530828" href="https://www.facebook.com/thiago.castro.94801" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #365899; cursor: pointer; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/19.32px helvetica, arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-decoration: none; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;">Thiago Castro</a><span style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; float: none; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/19.32px "helvetica" , "arial" , sans-serif; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><span class="Apple-converted-space"> </span>sobre o semanário carioca de oposição à ditadura "Folha da Semana" e o livro "O poder jovem", de Arthur Poerner. THIAGO: "Escrevi minha dissertação de mestrado em Ciências Sociais. Se houver interesse em conhecer um pouco mais sobre o jornal e a atuação de Poerner, aqui segue o link ao repositório institucional da UNESP:"</span></span><span style="background-color: white; color: #333333; display: inline; float: none; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/20px "helvetica neue" , "helvetica" , "arial" , sans-serif; letter-spacing: normal; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><br /></span><br />
<span style="background-color: white; color: #333333; display: inline; float: none; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/20px "helvetica neue" , "helvetica" , "arial" , sans-serif; letter-spacing: normal; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">Em circulação entre os anos de 1965 e 1966, o jornal Folha da Semana teve um papel fundamental na articulação de inúmeros núcleos intelectuais e artistas dispersos pelo golpe em 1964. Um periódico que possibilitou a visibilidade de inúmeras questões referentes à organização da produção cultural das esquerdas intelectualizadas no processo de constituição da chamada “hegemonia cultural de esquerda”, no momento de recrudescimento da repressão militar na década de 1960. Muito embora este jornal não tivesse uma ampla inserção num espaço público de debates nem a visibilidade, da qual gozavam as casas editoriais, como a Revista Civilização Brasileira, é importante situá-lo como uma das organizações</span><span class="hidden-abstract" style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #333333; display: inline; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/20px "helvetica neue" , "helvetica" , "arial" , sans-serif; letter-spacing: normal; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><span class="Apple-converted-space"> </span>que trabalhavam em função da divulgação cultural e da contestação ao regime, portanto inserido numa rede de intelectuais e organizações oposicionistas, que produziam e reproduziam representações intelectuais sobre o mundo e sobre si mesmas. Estas representações pautaram, nos anos 1960, parte das discussões nos campos da cultura e da política, haja vista o exemplo que nos oferece o objeto desta pesquisa, o jornalista Arthur Poerner, que promoveu tais representações tanto em seu reconhecido livro sobre a história do movimento estudantil brasileiro O Poder Jovem quanto no período em que esteve à frente do jornal Folha da Semana</span>ARTHUR POERNERhttp://www.blogger.com/profile/10861725823348714550noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3974253794322861108.post-11013805820353089722016-05-26T20:45:00.001-03:002016-05-26T20:45:47.515-03:00Pra "estancar a sangria" da Lava-Jato<span style="background-color: white; color: #666666; display: inline; float: none; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 12px; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; letter-spacing: normal; line-height: 16.08px; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><br /><strong></strong></span><br />
<div style="background-color: white; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.8px; font-style: normal; font-variant: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<strong><span style="color: black;"><span style="background-color: white; display: inline; float: none; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 12px; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; letter-spacing: normal; line-height: 16.08px; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"> </span><span style="background-color: white; display: inline; float: none; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 12px; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; letter-spacing: normal; line-height: 16.08px; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">Depois de um fim de semana para comemorar o recuo do Temer, com a recriação do Ministério da Cultura, o início desta foi ainda mais auspicioso, com a divulgação</span><span style="background-color: white; display: inline; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 12px; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; letter-spacing: normal; line-height: 16.08px; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"> do diálogo mantido pelo ministro do Planejamento, senador Romero Jucá, com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado - este, às vésperas de ser admitido na chamada "delação premiada". O papo serviu para eliminar qualquer dúvida quanto ao caráter golpista da trama que resultou no impedimento, até agora provisório, da presidenta Dilma Rousseff..</span></span></strong><br />
<div>
<span style="background-color: white; color: black; display: inline; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 12px; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; letter-spacing: normal; line-height: 16.08px; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><strong> Na gravação, de março passado, o senador, investigado pela Lava-Jato em dois inquéritos sobre propinas, acentua, por isto, que é preciso "mudar o governo pra poder estancar essa sangria", ou seja, impedir o prosseguimento das investigações que põem em risco o seu mandato, assim como os de outros políticos, entre os quais destaca o colega tucano Aécio Neves. Jucá informa que, para conseguir o afastamento da Dilma,, já falara "com alguns ministros do STF" , estava "conversando com os generais. comandantes militares", e podia assegurar que estava "tudo tranquilo, os caras dizem que vão garantir".</strong></span></div>
</div>
<div class="yj6qo ajU" style="background-color: white; cursor: pointer; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.8px; font-style: normal; font-variant: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; margin: 2px 0px 0px; padding: 10px 0px; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; width: 22px; word-spacing: 0px;">
<strong><span style="color: black;"></span></strong><br /></div>
<span class="HOEnZb adL" style="background-color: white; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.8px; font-style: normal; font-variant: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><span style="color: black;"></span></span><div>
<span class="HOEnZb adL" style="background-color: white; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.8px; font-style: normal; font-variant: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><span style="color: #888888;"><span style="background-color: white; display: inline; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 12px; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; letter-spacing: normal; line-height: 16.08px; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><br /><strong><span style="color: black;"></span></strong></span></span></span></div>
<span class="HOEnZb adL" style="background-color: white; color: #222222; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.8px; font-style: normal; font-variant: normal; letter-spacing: normal; line-height: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><span style="color: #888888;"><span style="color: black;">
</span><div>
<span style="background-color: white; color: black; display: inline; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 12px; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; letter-spacing: normal; line-height: 16.08px; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><strong> Arthur Poerner</strong></span></div>
</span><strong></strong></span><strong></strong><br />ARTHUR POERNERhttp://www.blogger.com/profile/10861725823348714550noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3974253794322861108.post-20715523618667293902016-05-25T20:31:00.000-03:002016-05-25T20:31:14.033-03:00Um domingo de derrota nacional<div dir="ltr" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #222222; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 12.8px/normal arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;">
<span style="color: #141823; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: normal; line-height: 19.32px;"> </span></div>
<div dir="ltr" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #222222; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 12.8px/normal arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;">
<span style="color: #141823; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: normal; line-height: 19.32px;"> A nossa mídia corporativa pro-impeachment, que adora divulgar notícias desfavoráveis ao Brasil, andou informando que a atual situação aqui estaria provocando "gargalhadas" pelo mundo afora. "Esqueceu-se" de declinar, no entanto, a motivação das "risadas" globais, revelada por importantes órgãos da imprensa mundial, como o</span><span style="color: #141823; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: normal; line-height: 19.32px;"><b> New York Times<span class="Apple-converted-space"> </span></b>e o<b> Los Angeles Times</b>:</span><span style="color: #141823; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: normal; line-height: 19.32px;"> o julgamento de uma chefe de governo honesta, como a Dilma, por uma Câmara de Deputados presidida por </span><span style="color: #141823; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: normal; line-height: 19.32px;">réu em processos por corrupção e composta, em sua ampla maioria (60%), por parlamentares acusados ou já indiciados em processos pela mesma razão ou por fraude eleitoral, desmatamento ilegal, sequestro e homicídio, de acordo com dados da Transparência Brasil, citados por Simon Romero, do diário novaiorquino.</span></div>
<div dir="ltr" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #222222; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 12.8px/normal arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;">
<span style="color: #141823; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"> O <b>Financial Times </b>e <b>Le Monde<span class="Apple-converted-space"> </span></b>iam na mesma linha, com o francês destacando o absurdo que seria a substituição de Dilma, <span style="color: #222222; font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.8px; font-stretch: normal; line-height: normal;">com mais de 54 milhões e meio de votos obtidos</span> nas últimas eleições presidenciais, pelo Temer. Ressaltava-se, inclusive, que a campanha pelo impedimento era liderada pelos partidos com o maior número de acusados de corrupção. E não se deixava de citar, como "esqueciam" aqui, os inúmeros pronunciamentos de líderes políticos internacionais, tais como o ex-presidente uruguaio Pepe Mujica e o ex-primeiro-ministro espanhol Felipe Gonzáles, além de dirigentes da ONU, contra o golpe tramado no Brasil. Nada para rir ou festejar, evidentemente, pelo menos para nós.</span></div>
<div dir="ltr" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #222222; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 12.8px/normal arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;">
<span style="color: #141823; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"> Ao contrário, o domingo, conforme previra Dorrit Harazim, d'<b>O Globo</b>, foi "um dia de derrota nacional", amargo para todo o nosso povo. Em que "a cara do Brasil" que achou que havia "algo a comemorar", segundo ela, era a do "bolão do impeachment" sobre o placar da votação, lançado pelos deputados Paulinho da Força e Carlos Manato, corregedor (?) da Câmara, ambos do Solidariedade, um dos partidos do conluio Temer-Cunha pela deposição de Dilma.</span></div>
<div dir="ltr" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #222222; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 12.8px/normal arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;">
<span style="color: #141823; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><br /></span></div>
<strong> Arthur Poerner</strong>ARTHUR POERNERhttp://www.blogger.com/profile/10861725823348714550noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3974253794322861108.post-44337577625836830222016-03-23T19:49:00.001-03:002016-04-24T11:10:03.034-03:00O poderio dos beneficiários da desigualdade social<span style="background-color: white; color: #141823; display: inline; float: none; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/19.32px "helvetica" , "arial" , sans-serif; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"> </span><br />
<span style="background-color: white; color: #141823; display: inline; float: none; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/19.32px "helvetica" , "arial" , sans-serif; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"> O Brasil ainda é, infelizmente, um país em que a distribuição de drogas é menos perigosa do que a de terras ou a de renda. Lula ousou adotar uma política de redução da calamitosa desigualdade social que continua sendo o maior problema do país, e está pagando um alto preço por isto. Os raros antecessores que o tentaram, como os presidentes Getúlio Vargas e João Goulart, também tiveram que enfrentar as poderosas garras da oligarquia nacional e do imperialismo financeiro.</span><br />
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #222222; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 12.8px/normal arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;">
<span style="background-color: white; color: #141823; display: inline; float: none; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/19.32px "helvetica" , "arial" , sans-serif; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"> A condução coercitiva de Lula para depor pela Lava-Jato foi, nesta história, como Veríssimo definiu muito bem na sua coluna d"O Globo", "mais do que um circo desnecessário, uma ilegalidade". Quanto ao pedido de prisão dos três promotores do MP de São Paulo, aí já se chegou às raias da absoluta insensatez, a ponto de merecer críticas até de líderes da oposição tucana.</span></div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #222222; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 12.8px/normal arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;">
<span style="background-color: white; color: #141823; display: inline; float: none; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/19.32px "helvetica" , "arial" , sans-serif; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><br /></span></div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #222222; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 12.8px/normal arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;">
<span style="background-color: white; color: #141823; display: inline; float: none; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/19.32px "helvetica" , "arial" , sans-serif; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"> <strong> Arthur Poerner</strong></span></div>
ARTHUR POERNERhttp://www.blogger.com/profile/10861725823348714550noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3974253794322861108.post-41939591871214199502016-03-02T19:49:00.000-03:002016-03-02T19:49:51.203-03:00O ENCONTRO DE LULA COM OS INTELECTUAIS <div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #222222; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 12.8px/normal arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;">
<div>
<div>
<div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px;">
<br />
<u><br /></u></div>
<div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px;">
<span style="background: white; color: #141823; font-family: "helvetica" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"> Foi rico e estimulante o nosso encontro da noite de sexta-feira com o Lula, que se mostrou em grande forma, sem qualquer sinal de abatimento ante a virulência dos ataques de que vem sendo alvo. Ao contrário, chegou a arrancar gargalhadas da plateia, ao se referir, por exemplo, aos imóveis cuja propriedade tentam, a todo custo. lhe atribuir. E discorreu, longamente, sobre a necessidade de utilização dos recursos da moderna comunicação para se contrapor à falta de um mínimo de isenção na chamada grande mídia, ao "jornalismo da lama" de que o recém-falecido escritor e filósofo italiano Umberto Eco trata no seu último romance, "Número zero". </span><u></u><u></u></div>
</div>
<div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px;">
<span style="background: white; color: #141823; font-family: "helvetica" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"> Presentes à reunião, coordenada pelo escritor, ex-ministro e ex-presidente do PSB Roberto Amaral, importantes personalidades do nosso mundo político-cultural, como Sílvio Tendler, Sérgio Ricardo. Fernando Morais, Beatriz Bissio, Osmar Prado, Modesto da Silveira, Saturnino Braga, Lindbergh Farias e tantos outros. Alguns fizeram uso da palavra, entre eles Aderbal Freire Júnior, Isabel Lustosa, Eny Moreira, Luiz Carlos Barreto e, muito aplaudido, Chico Santa Cruz.</span><u></u><u></u></div>
</div>
<div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px;">
<span style="background: white; color: #141823; font-family: "helvetica" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"> Também falei, sobre a importância de o governo e o PT não se deixarem acuar pelos ataques da direita, da vetusta oligarquia nacional. Que se tenha sempre em mente a clamorosa desigualdade na distribuição nacional e mundial de renda que as estatísticas e o candidato presidencial norte-americano Bernie Sanders não se cansam de denunciar, frutos do fraudulento e monopolista capital financeiro especulativo. E que se adote, por exemplo, entre as medidas de saneamento financeiro no Brasil, a taxação das grandes fortunas e heranças. </span><u></u><u></u></div>
</div>
<div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0px;">
<span style="background: white; color: #141823; font-family: "helvetica" , sans-serif; font-size: 10.5pt;"> Lula nos ouviu com muita atenção. E pudemos sair de lá, do Centro de Convenções da Sul América, junto à Prefeitura do Rio, com a certeza de que podemos contar com o ex-presidente na defesa das recentes conquistas sociais do nosso povo.</span><u></u><u></u></div>
</div>
</div>
</div>
</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #222222; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 12.8px/normal arial, sans-serif; letter-spacing: normal; margin: 0px; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;">
<u></u><br />
<br /><br />
<strong> Arthur Poerner</strong></div>
ARTHUR POERNERhttp://www.blogger.com/profile/10861725823348714550noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3974253794322861108.post-76708257932713525212015-11-29T19:46:00.001-02:002015-11-29T19:50:17.146-02:00A mídia não escolhe os mortos por quem devo chorar<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
Continuo chocado com o massacre perpetrado pelo Estado Islâmico em Paris, mas também com o que, há uns sete meses,ceifou a vida de 142 estudantes em Garissa, no Quênia, promovido pelo Al-Shabaab, grupo terrorista ligado a Al-Qaeda. Como não esquecerei jamais os milhares de mortos na inauguração do terrorismo oficial de Estado, em 1945, quando eu tinha cinco anos, com as bombas atômicas norte-americanas em Hiroshima e Nagasaki.<br />
Se esta extensa convivência com matanças, inclusive ao longo de meio século de trabalho jornalístico, me ensinou algo, é que não devemos permitir jamais que a grande mídia, nacional ou internacional, selecione os mortos pelos quais devemos chorar. Por que nada sabemos, por exemplo, sobre os mortos nos bombardeios franceses e de outras grandes potências na Líbia ? Por que somente os mortos do chamado "mundo ocidental cristão" merecem ser pranteados ?<br />
<br />
<br />
Arthur Poerner<br />
<br />
<br /></div>
ARTHUR POERNERhttp://www.blogger.com/profile/10861725823348714550noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3974253794322861108.post-37369592489334024522015-11-16T19:44:00.001-02:002015-11-16T19:45:02.948-02:00Higiene mental<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #141823; display: inline !important; float: none; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/19.32px helvetica, arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;"> </span><br />
<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #141823; display: inline !important; float: none; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/19.32px helvetica, arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;"> Quando se tem projeto (s), isto é, não se está aqui a passeio, até o tempo para a leitura de jornais começa a escassear. Para não me estressar, decidi suprimir todas aquelas leituras que são repetições diárias e somente nos trazem mais do mesmo. Como as daqueles coleguinhas que, ainda inconformados com os resultados das quatro últimas eleições presidenciais, fizeram do impedimento da Dilma ou da busca de alguma outra forma de burlar o veredito das urnas a razão de suas vidas.</span><br />
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #222222; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 12.8px/normal arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;">
<span style="background-color: white; color: #141823; display: inline !important; float: none; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/19.32px helvetica, arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"> O resultado da medida sanitária não poderia ter sido melhor, pois sobrou tempo até para conhecer visões originais e sensíveis, de articulistas como Dorrit Harazim e Adriana Carranca, da maior tragédia atual da Humanidade: os milhares de refugiados, sobretudo da Síria e do Afeganistão, que chegam, todos os dias, à Europa Ocidental.</span></div>
<span class="HOEnZb adL" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #222222; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 12.8px/normal arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;"><span style="color: #888888;"><div>
<span style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><br /></span></span></div>
<div>
<span style="color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><b> Arthur Poerner</b></span></span></div>
</span><br /></span><br />ARTHUR POERNERhttp://www.blogger.com/profile/10861725823348714550noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3974253794322861108.post-605730349063065082015-10-27T19:11:00.000-02:002015-10-27T19:12:08.320-02:00Fiquem atentos !<strong><span style="font-family: Arial;"><span style="color: #222222; font-size: x-small;"> </span></span></strong><b><br clear="all" /></b><span style="background-color: white; color: #141823; display: inline !important; float: none; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/19.32px helvetica, arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"> Fiquem atentos: sempre que a grande mídia se referir a uma suposta "hegemonização política do lulopetismo", é ainda a síndrome do terceiro turno que se está manifestando. A enfermidade, provocada pelo ressentimento de quatro sucessivas derrotas em eleições presidenciais, tenderá a se agravar à medida em que fracassem as tentativas de impedimento da Dilma, um dos raros projetos que a oposição conseguiu produzir em quase 13 anos de "eterna vigilância" udenista. O mesmo período em que o Brasil registrou a maio</span><span style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; letter-spacing: normal; line-height: 19.32px; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">r redução de desigualdade social da sua história, saiu do mapa da fome da ONU e subiu de 13ª à sétima maior economia mundial.<br /> Para tornar ainda mais sombrios os pesadelos da oposição reacionária, o povão, apesar de todas as distorções geradas pela monopolização informativa no país, já deu mostras de estar consciente desses avanços e imune à pregação da grande mídia nas eleições presidenciais. E o pior de tudo, para os tucanos, demos e pepeesses da vida, é a impressão que vem dando o Lula de já ter iniciado o aquecimento para 2018. Daí todo esse patético esforço de envolvê-lo na Lava-Jato.</span><br />
<div class="yj6qo ajU" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #222222; cursor: pointer; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 12.8px/normal arial, sans-serif; letter-spacing: normal; padding: 10px 0px; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; width: 22px; word-spacing: 0px;">
<div aria-label="Ocultar conteúdo expandido" class="ajR" data-tooltip="Ocultar conteúdo expandido" id=":ov" role="button" style="background-color: #f1f1f1; border-image: none; border: 1px solid rgb(221, 221, 221); clear: both; line-height: 6px; position: relative; width: 20px;" tabindex="0">
<img class="ajT" src="https://ssl.gstatic.com/ui/v1/icons/mail/images/cleardot.gif" style="background: url("https://ssl.gstatic.com/ui/v1/icons/mail/ellipsis.png") no-repeat; height: 8px; opacity: 0.3; width: 20px;" /></div>
</div>
<span class="HOEnZb adL" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #222222; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 12.8px/normal arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;"><span style="color: #888888;"><div>
<span style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; letter-spacing: normal; line-height: 19.32px; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><br /><b style="color: #3b5998; text-decoration: none;"> <a href="https://www.facebook.com/arthur.j.poerner" style="color: #3b5998; text-decoration: none;" target="_blank">Arthur Poerner</a></b></span><br />--<span class="Apple-converted-space"> </span></div>
</span></span>ARTHUR POERNERhttp://www.blogger.com/profile/10861725823348714550noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-3974253794322861108.post-60960568248179280642015-08-31T19:19:00.000-03:002015-08-31T19:20:09.648-03:00 A MAIOR NOVIDADE DA OPERAÇÃO LAVA-JATO
<br />
<div style="line-height: 14.5pt; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="background: white; color: #141823; font-family: Helvetica; font-size: 10.5pt;"> </span></div>
<div style="line-height: 14.5pt; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #141823; font-family: Helvetica; font-size: 10.5pt;"> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="line-height: 14.5pt; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #141823; font-family: Helvetica; font-size: 10.5pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span> O artigo "A Lava-Jato e o Partido
dos Trabalhadores", do eminente professor Wanderley Guilherme dos
Santos, é uma bem fundamentada análise do escândalo de corrupção que tumultua o
cenário político nacional. Conforme ele explica, citando exemplos históricos
como a Grã-Bretanha e os EUA, a corrupção é própria da evolução das principais
sociedades capitalistas, como vem sendo, já há muito tempo, inclusive da nossa.
Novidade mesmo, ainda que relativa, só</span><span style="font-stretch: normal;"> é
a concentração de acusações, pelo que informa a grande mídia, em políticos do
PT, partido que, antes do Mensalão, jamais se vira envolvido nessas práticas
delituosas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="line-height: 14.5pt; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #141823; font-family: Helvetica; font-size: 10.5pt;"><span style="font-stretch: normal;">
Por considerar imprescindível a completa e irrestrita
apuração das graves denúncias, manipuladas pela oposição com o indisfarçável
objetivo de uma revanche pela quarta derrota consecutiva nas eleições
presidenciais, sempre achei um erro político a resistência às investigações do
Ministério Público, mediante campanha contra o juiz Sérgio Moro ou contra
Rodrigo Janot, o procurador-geral da República que o Senado acaba de reconduzir
ao cargo por ampla maioria: de <st1:metricconverter productid="59 a" w:st="on">59
a</st1:metricconverter> 12 votos.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="line-height: 14.5pt; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #141823; font-family: Helvetica; font-size: 10.5pt;"><span style="font-stretch: normal;">
A corrupção é uma forma de putrefação social, um mal
indefensável e suprapartidário que tem que ser banido em nome e com a ajuda do
povo explorado e excluído, que, pelo menos até agora, sempre foi quem acabou
pagando a conta. Mas, quem sabe se não será diferente desta vez ? Quando o
coleguinha Elio Gaspari, que conheci quando dava os seus primeiros e
promissores passos no jornalismo, já chamou a atenção para o que batizou,
acertadamente, de "fenômeno histórico: a Lava-Jato feriu o coração da
oligarquia brasileira. Tanto burocratas oniscientes como empresários
onipotentes estão encarcerados em Curitiba..." Algum de vocês já tinha
visto isso antes ? Pois é, e eu nem precisaria acrescentar que esta é a maior
novidade neste caso.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="line-height: 14.5pt; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="background: white; color: #141823; font-family: Helvetica; font-size: 10.5pt;"><br style="mso-special-character: line-break;" />
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="line-height: 14.5pt; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b><span style="background: white; color: #141823; font-family: Helvetica; font-size: 10.5pt;"><span style="font-stretch: normal;">
Arthur Poerner</span></span></b></div>
ARTHUR POERNERhttp://www.blogger.com/profile/10861725823348714550noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-3974253794322861108.post-42184625794634469692015-08-11T20:29:00.000-03:002015-08-11T21:05:19.164-03:00Noite de reverência ao Mestre Candeia<span style="background-color: white; color: #141823; display: inline !important; float: none; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; letter-spacing: normal; line-height: 19.31px; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"></span><div>
</div>
<span style="background-color: white; color: #141823; display: inline !important; float: none; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; letter-spacing: normal; line-height: 19.31px; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; display: inline !important; float: none; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; letter-spacing: normal; line-height: 19.31px; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><span style="background-color: white; color: #141823; display: inline !important; float: none; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/19.31px helvetica, arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"> <span style="font-size: large;"> </span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; display: inline !important; float: none; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; letter-spacing: normal; line-height: 19.31px; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><span style="background-color: white; color: #141823; display: inline !important; float: none; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/19.31px helvetica, arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><span style="font-size: small;"> Foi emocionante vivenciar, na Lapa, o Circo Voador repleto para homenagear o meu imortal amigo e parceiro Candeia, que estaria chegando aos 80 anos, e ver a multidão cantando, com Cristina Buarque,Teresa Cristina, Monarco, Martinho da Vila e Paulinho da Viola, alguns dos seus maiores sucessos. A Cristina Buarque foi, aliás, quem gravou as duas músicas da minha parceria com o inesquecível mestre, pensador e partideiro: "Saudade" e "Morro do Sossego".</span></span></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; display: inline !important; float: none; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; letter-spacing: normal; line-height: 19.31px; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><span style="background-color: white; color: #141823; display: inline !important; float: none; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/19.31px helvetica, arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"> O show culminou com um</span><span style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/19.31px helvetica, arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">a das suas obras-primas, O "Dia de Graça", em que ele conclamou: "...Negro, acorda, é hora de acordar/ Não negue a raça/ Torne toda manhã/ Um dia de graça/...Deixa de ser rei só da folia/ E faça da sua Maria/ Uma rainha todos os dias/ Cante o samba na universidade/ E verás que teu filho/ será príncipe de verdade./Aí, então,/ jamais tu voltarás/ ao barracão."</span></span></div>
<span style="background-color: white; color: #141823; display: inline !important; float: none; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; letter-spacing: normal; line-height: 19.31px; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/19.31px helvetica, arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"> Como eu me senti feliz e irmanado no meio de tanta gente boa ! E, antes que a Teresa Cristina emendasse com uma roda de jongo, ainda tive o prazer de confraternizar com o Jairo, filho do Candeia, e conhecer o Leandro, o neto que nasceu no ano seguinte ao da sua morte, aos 43 anos, em 1978. Foi só por um ano que o Leandro não pôde conhecer o renomado avô, e eu não pude reencontrá-lo ao retornar do exílio com a Lei da Anistia, em 1979.</span></div>
</span><span style="background-color: white; color: #141823; display: inline !important; float: none; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; letter-spacing: normal; line-height: 19.31px; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<div>
<div class="yj6qo ajU" style="cursor: pointer; padding: 10px 0px; width: 22px;">
</div>
</div>
<span class="HOEnZb adL"><span style="color: #888888;"><div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #888888; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 12.8px/normal arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;">
<span style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/19.31px helvetica, arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"> </span><span style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; letter-spacing: normal; line-height: 19.31px; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><b>Arthur Poerner</b></span></div>
</span></span></span><br />
<br />
<span style="background-color: white; color: #141823; display: inline !important; float: none; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/19.31px helvetica, arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
</span><br />
<span class="HOEnZb adL"><span style="color: #888888;"><span style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; letter-spacing: normal; line-height: 19.31px; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><b></b></span></span></span><div>
</div>
<div>
<span class="HOEnZb adL"><span style="color: #888888;">
</span></span> </div>
ARTHUR POERNERhttp://www.blogger.com/profile/10861725823348714550noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-3974253794322861108.post-15555955209274711692015-08-03T19:06:00.000-03:002015-08-03T19:06:39.363-03:00Cuba X EUA, um primeiro passo acertado
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: Arial; font-size: 9.5pt;"><em><strong>Aos amigos, a versão final do artigo inspirado no reatamento
das relações diplomáticas entre Cuba e os EUA.</strong></em></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: Arial; font-size: 9.5pt;"><br /></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: Arial; font-size: 9.5pt;"> </span></div>
<br />
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: Arial; font-size: 9.5pt;"><br />
</span><span style="color: #222222; font-family: Arial; font-size: 13.5pt;"> Depois de exibir a substanciosa entrevista concedida
pelo escritor cubano Leonardo Paduro ao Alberto Dines, nosso decano na longa
carreira jornalística, o também sempre denso OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA, da
TV Brasil, teve a felicidade, na semana passada, de poder se aprofundar no
assunto graças ao reatamento oficial das relações diplomáticas entre Cuba e os
Estados Unidos, um dos temas do momento no noticiário internacional. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: Arial; font-size: 13.5pt;"> Tais relações
haviam sido rompidas há 54 anos, em 1961, pelos EUA, depois que a Revolução
Cubana, vitoriosa em 1º de janeiro de 1959, com a queda e fuga do ditador
Fulgencio Batista, adotou uma série de medidas populares consideradas
inaceitáveis por Washington, a começar pela reforma agrária, com um confisco de
terras que incluiu, no que se referia ao cultivo da cana-de-açúcar, os 40% de
plantações sob propriedade norte-americana, além da nacionalização das
refinarias de açúcar e de petróleo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: Arial; font-size: 13.5pt;"> E Cuba não cedeu na
firmeza, na coerência e na intransigência tão indispensáveis na conquista da
liberdade: não quis voltar aos tempos em que os EUA, que controlavam o mercado
açucareiro, não hesitavam, quando julgavam ameaçado qualquer dos seus
interesses, em intervir, militarmente, na Ilha. Foi assim, à base de uma
persistência obstinada, que a Revolução Cubana se consolidou e se impôs, a
ponto de influenciar a vida política do nosso continente. Não há mais dúvida,
por exemplo, de que contribuiu, diretamente, para o golpe civil-militar no
Brasil, bem como para a série de quarteladas que teria sequência no
chamado Cone Sul, ante o pânico que se assenhoreou dos formuladores da política
externa norte-americana só em pensar numa 'segunda Cuba' num país com os recursos
naturais e populacionais de um Brasil.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="background: white; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: Arial; font-size: 13.5pt;"> O
rompimento das relações pelos EUA foi precedido, ainda, pelo fracasso do
embargo comercial decretado em outubro de 1960 e até por uma invasão da Ilha
por exilados cubanos, financiados pela potencia imperial, na baía dos Porcos,
em 1961, tentativas que só fizeram apressar a orientação socialista do novo
regime de Havana.. E o socialismo que acabou resistindo e sobrevivendo até ao
desmantelamento da poderosa União Soviética, e convencendo o presidente Obama
da inutilidade de toda a pressão de mais de meio século sobre Cuba, é este que
acabou de adentrar, com muito <i>mojito </i>para regar os papos, o
casarão da Rua 16, em Washington.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="background: white; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: Arial; font-size: 13.5pt;"> É
o socialismo possível, isoladamente, num país pequeno e pobre, mas
decidido a assegurar ao seu povo, desde então, o que se pode chamar de básico e
fundamental, a própria essência da igualdade democrática de oportunidades: a
saúde e a educação. Fora daí, tal princípio democrático só costuma dar as
caras, muito raramente, às custas de acasos ou dos assim chamados milagres,
área não abrangida pelos estudos do capital, de Karl Marx a Thomas Piketty.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="background: white; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: Arial; font-size: 13.5pt;">
As prioridades norte-americanas, como sabemos, são outras, tanto que, antes de
Obama chegar à presidência, a maioria da população nos EUA sequer podia contar
com a garantia de um plano de saúde. Assim, o reatamento de modo algum vai
eliminar as divergências e críticas que os dois governos e sociedades
continuarão a fazer aos respectivos modelos. Aliás, o reatamento sequer
equivale. neste caso, a uma normalização, pois o fim do ominoso embargo
norte-americano é medida que transcende os poderes do presidente Obama.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="background: white; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: Arial; font-size: 13.5pt;">
O reatamento é muito importante, enfim, mas apenas e sempre um
primeiro passo, o avanço possível agora, de que tivemos a oportunidade de falar
no programa do Dines (a propósito, onde mais poderíamos fazê-lo na nossa
supostamente "democrática" mídia ?). O que não deve ser, no entanto,
motivo de tristeza ou decepção, pois foi com um primeiro passo que se iniciaram
movimentos como, por exemplo, a Longa Marcha (1934-1935), liderada por Mao
Zedong, e a ascensão da China à grande potência mundial que já desbancou os EUA
da posição de principal parceiro comercial do Brasil.</span></div>
<div style="background: white; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: Arial; font-size: 13.5pt;"><br /></span></div>
<div style="background: white; text-align: justify;">
<span style="color: #222222; font-family: Arial; font-size: 13.5pt;"> <strong>Arthur Poerner</strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
</div>
ARTHUR POERNERhttp://www.blogger.com/profile/10861725823348714550noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-3974253794322861108.post-25818059557349863192015-05-25T20:21:00.001-03:002015-05-25T20:21:57.212-03:00Dilma está pagando alto preço pelo combate à corrupção<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #141823; display: block; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/19.31px helvetica, arial, "lucida grande", sans-serif; letter-spacing: normal; margin: 0px 0px 6px; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;">
<br />
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #141823; display: block; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/19.31px helvetica, arial, "lucida grande", sans-serif; letter-spacing: normal; margin: 0px 0px 6px; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;">
A Dilma está pagando um alto preço pelo seu combate sem tréguas à corrupção, pois os comentaristas políticos da grande mídia insinuam, com muita velhacaria e desonestidade intelectual, que o problema, por só agora chegar às manchetes, é recente, do século XXI, uma "invenção do PT". Para crucificar o Lula e a Dilma, e anistiar, de uma penada, não só o FHC, mas todos os seus antecessores, inclusive durante a ditadura, imposta ao nosso povo em nome da luta "contra o comunismo e<span style="display: inline;"> a corrupção".</span></div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #141823; display: block; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/19.31px helvetica, arial, "lucida grande", sans-serif; letter-spacing: normal; margin: 0px 0px 6px; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;">
<span style="display: inline;"> Lembro-me dos anos 60, da nossa resistência ao arbítrio e à tirania pelas páginas do diário carioca "Correio da Manhã", onde, ao menor indício do despontar de um dos muito casos de corrupção da época, eram infalíveis os telefonemas da censura: "Nenhuma linha sobre o assunto !" Ordens estas que, é preciso acrescentar, eram desnecessárias na maioria das redações nacionais.</span></div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #141823; display: block; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/19.31px helvetica, arial, "lucida grande", sans-serif; letter-spacing: normal; margin: 0px 0px 6px; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;">
<span style="display: inline;"><br /></span></div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #141823; display: block; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/19.31px helvetica, arial, "lucida grande", sans-serif; letter-spacing: normal; margin: 0px 0px 6px; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;">
<span style="display: inline;"> <strong> Arthur Poerner</strong></span></div>
</div>
ARTHUR POERNERhttp://www.blogger.com/profile/10861725823348714550noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3974253794322861108.post-58314768752692778392015-05-25T20:16:00.002-03:002015-05-25T20:17:19.154-03:00DEVOLVE, GILMAR !<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-size: 10.5pt;">
</span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.5pt;"> </span><span style="font-size: 10.5pt;">
O ministro Gilmar Mendes continua, no Supremo Tribunal
Federal, sentado em cima da ação direta de inconstitucionalidade das doações de
empresas às campanhas eleitorais, já aprovada pela maioria dos seus colegas,
que proíbe o financiamento privado A infinita retenção, que ultrapassa todos os
prazos minimamente razoáveis, favorece a trama dos que pretendem melar, no
Congresso Nacional, a tão ansiada e necessária reforma política, sobretudo o
projeto do PT, com voto em lista e financiamento público exclusivo. O Congresso
Nacional mais reacionário deste século tende, ao que tudo indica, a aprovar um
"jeitinho", na forma de um sistema de financiamento misto.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-size: 10.5pt;">
Não podemos eleger os membros do STF, mas é preciso muito
mais cuidado e atenção, gente, na hora de escolher os seus representantes na
Câmara Federal e no Senado !</span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-size: 10.5pt;"> </span></div>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="font-size: 10.5pt;">
<b>Arthur
Poerner</b></span></div>
ARTHUR POERNERhttp://www.blogger.com/profile/10861725823348714550noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3974253794322861108.post-35539434015165316122015-04-15T20:05:00.001-03:002015-04-15T20:08:08.372-03:00Therezinha Zerbini, pioneira da luta pela anistia<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #141823; display: inline !important; float: none; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/19.31px Helvetica, Arial, "lucida grande", tahoma, verdana, arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;"><br /></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #141823; display: inline !important; float: none; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/19.31px Helvetica, Arial, "lucida grande", tahoma, verdana, arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;">THEREZINHA ZERBINI, que faleceu no mês passado em São Paulo, já ocupava, desde os tenebrosos tempos da ditadura, relevante posição na galeria dos que se notabilizaram, ao longo da nossa história, na permanente luta pelo respeito aos direitos humanos. Por isto, por maior que seja o envolvimento com os tormentosos acontecimentos políticos nacionais dos últimos tempos, não podemos permitir que, entre os males que estão acarretando, seja incluído o da desatenção quanto à perda da pioneira da<span> </span></span><span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #141823; display: inline; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/19.31px Helvetica, Arial, "lucida grande", tahoma, verdana, arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;">luta pela anistia, da intrépida e tenaz combatente contra a tortura e contra a barbárie. Sobretudo, neste momento em que a tirania parece provocar saudosos suspiros e lembranças em facções das forças democraticamente derrotadas nas mais recentes eleições presidenciais.</span></div>
<div style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #222222; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 12.8px/normal arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;">
<span style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 14px/19.31px Helvetica, Arial, "lucida grande", tahoma, verdana, arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"> Conforme a nota divulgada, na ocasião, pela Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica, Therezinha Zerbini "ousou sonhar e transformar um sonho em realidade: a Pátria livre para todos os brasileiros. Foi a atriz e a autora de uma grande história, a da luta pela liberdade, pela justiça e pela dignidade."</span></div>
<div dir="ltr" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #222222; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 12.8px/normal arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 1; word-spacing: 0px;">
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
Serei eternamente grato a ela pela ajuda que me deu num momento de grande aflição, em 1990, quando, na única vez em que concorri a um mandato eletivo, na Câmara Federal, fui surpreendido por um infarto agudo do miocárdio em plena campanha. A deputada Yara Vargas, minha amiga do PDT, recomendou-me, então, em São Paulo, à sua amiga Therezinha, que, por sua vez, me apresentou ao seu cunhado Euríclides de Jesus Zerbini, o cirurgião que havia realizado, em 1968, no Hospital das Clínicas de São Paulo, a primeira cirurgia de transplante de coração humano na América. Com duas pontes de safena e uma mamária, o dr. Zerbini me garantiu nove anos de produtividade. sem recidiva, até o segundo infarto, em 1999. Gente da melhor qualidade, a quem muito devo, o dr. Zerbini e a Therezinha.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<strong> Arthur Poerner</strong></div>
<div>
<span style="background-color: #f1f1f1;"><br /></span></div>
<div>
<span style="background-color: #f1f1f1;"><br /></span></div>
<div>
<span style="background-color: #f1f1f1;"><br /></span></div>
<div>
<span style="background-color: #f1f1f1;"><br /></span></div>
<div class="yj6qo ajU" style="cursor: pointer; padding: 10px 0px; width: 22px;">
<div aria-label="Mostrar conteúdo cortado" class="ajR" data-tooltip="Mostrar conteúdo cortado" id=":z7" role="button" style="background-color: #f1f1f1; border-image: none; border: 1px solid rgb(221, 221, 221); clear: both; line-height: 6px; position: relative; width: 20px;" tabindex="0">
</div>
</div>
</div>
ARTHUR POERNERhttp://www.blogger.com/profile/10861725823348714550noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-3974253794322861108.post-47152604558712407572015-03-09T21:38:00.000-03:002015-03-09T21:39:26.477-03:00'Quando a seca vira crise hídrica...'<br />
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="color: #141823; font-family: Helvetica; font-size: 10.5pt;">Enquanto as
vítimas da seca e da falta d'água eram só os nordestinos, tudo bem: poucos,
afora os próprios, se lixavam. Agora, quando atinge o centro econômico e
financeiro do país, afetando até o poderio paulista, o problema ganha manchetes
na mídia nacional e já foi até promovido à crise hídrica. Se substituirmos os
nordestinos pelos africanos e a mídia nacional pela internacional, não é igualzinho
ao que ocorreu com a epidemia de ebola ?</span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="color: #141823; font-family: Helvetica; font-size: 10.5pt;"> </span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="color: #141823; font-family: Helvetica; font-size: 10.5pt;"> <strong> Arthur Poerner</strong></span></div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0pt;">
</div>
<div style="background: white; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
ARTHUR POERNERhttp://www.blogger.com/profile/10861725823348714550noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3974253794322861108.post-52451940937209369892015-03-02T19:49:00.000-03:002015-03-02T19:50:28.149-03:00Mídia silencia sobre o que é favorável à Petrobrás<br />
<br />
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;">A TV Globo sequer cobriu o importante ato em defesa da Petrobrás da noite de ontem na ABI. Deve ter sido porque o evento foi a favor da nossa maior empresa. E, se estivesse lá, se veria obrigada, com aquela isenção que a caracteriza, a censurar o que o ex-presidente Lula disse da grande imprensa, querendo referir-se à mídia: "Quero dizer à imprensa que cheguei duas vezes à presidência da República sem ela...E tenho que dizer pra ela que o seu papel não é apoiar fulano ou sicr</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;">ano, mas o de informar corretamente...O povo já consegue fazer análises sem precisar dos seus formadores de opinião." Exatamente, o que ficou bastante claro nas quatro últimas eleições presidenciais. E Lula ainda faria uma revelação que a emissora nem ousaria colocar no ar: que a primeira providência dos EUA, ao tomarem conhecimento da descoberta do pré-sal pela Petrobrás, foi a de inventar a quarta frota, para fiscalizar a navegação no Atlântico Sul. Ao que o Brasil reagiu com o Conselho de Defesa do Unasul.E terminou pra cima: "Ganhamos as eleições e parece que estamos envergonhados de haver ganho.....Ao invés de chorar, vamos defender a Petrobrás, que é defender a democracia..." Confiram abaixo, na roufenha voz do Lula, a íntegra do que pensa o nosso maior líder político deste início de século - ou haverá outro ? - sobre a sórdida campanha antinacional pelo esvaziamento da Petrobrás.</span><br />
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;"><br /></span>
<span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: Helvetica, Arial, 'lucida grande', tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.3199996948242px;"> <b> Arthur Poerner</b></span>ARTHUR POERNERhttp://www.blogger.com/profile/10861725823348714550noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3974253794322861108.post-80147767881478329822014-12-28T20:20:00.004-02:002014-12-28T20:20:27.711-02:00CNV: Relatório final<br />
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
Tem gente que ainda não entendeu ou, mais provavelmente, não quer entender, pra poder confundir e fazer oposição: a CNV (Comissão Nacional da Verdade) foi criada com a função exclusiva de realizar um levantamento dos crimes do Estado durante a ditadura, isto é, aqueles pelos quais estão sendo pagas reparações, conforme prescrevem a Constituição e a legislação em vigor. Mais precisamente, para que fique ainda mais claro: aqueles crimes cujos autores jamais foram punidos, porque anistiados ainda durante a vigência da ditadura.</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
Missão de que a CNV se desincumbiu em dois anos e sete meses de árduo trabalho, para confirmar, afinal, o que as Forças Armadas vêm negando há quase meio século: que torturaram e mataram presos políticos, conforme o Relatório Final publicado.</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; font-family: arial, sans-serif; font-size: 13px;">
Do documento constam as relações dos 243 desaparecidos e dos 191 mortos pela ditadura, assim como de 30 modalidades de tortura utilizadas contra os prisioneiros. Documento histórico de importância fundamental, que passa a ser fonte de consulta obrigatória nos estudos sobre a ditadura e sobre as violações dos direitos humanos em nosso país.<br clear="all" /><div>
<br /></div>
<div>
<b>Arthur Poerner</b></div>
</div>
ARTHUR POERNERhttp://www.blogger.com/profile/10861725823348714550noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3974253794322861108.post-25703784497519556642014-12-20T01:08:00.000-02:002014-12-20T01:08:25.302-02:00RECADO PRO POERNER: do Affonso Romano de Sant'Anna<br />
EM 1978, ESTAVA EM KÖLN ( Alemanha) dando aulas e tinha contato com os exilados brasileiros, como Arthur José Poerner, que trabalhava na rádio Voz da Alemanha e me contou a estória incrível do MANOEL DA CONCEIÇÃO (que fim levou?). Tendo criado o CPC de Belo Horizonte, ao tempo da UNE, fiz esse poema, que acabo de encontrar nos meus guardados<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
Manuel da Conceição</div>
<div style="text-align: center;">
camponês do Maranhão</div>
<div style="text-align: center;">
preso por 11 dias</div>
<div style="text-align: center;">
em tortura e humilhação.</div>
<div style="text-align: center;">
Manuel da Conceição</div>
<div style="text-align: center;">
mulato do Maranhão</div>
<div style="text-align: center;">
com um tiro na perna</div>
<div style="text-align: center;">
e gangrena na prisão</div>
<div style="text-align: center;">
transferido de estado</div>
<div style="text-align: center;">
para sua proteção.</div>
<div style="text-align: center;">
Manuel da Conceição</div>
<div style="text-align: center;">
protegeu-se no bispado</div>
<div style="text-align: center;">
em curta baldeação.</div>
<div style="text-align: center;">
Levaram ele de novo</div>
<div style="text-align: center;">
e ao final de mais porrada</div>
<div style="text-align: center;">
muito choque e palavrão</div>
<div style="text-align: center;">
torturadores disseram :</div>
<div style="text-align: center;">
Não precisa cagar não</div>
<div style="text-align: center;">
queremos só as ideias</div>
<div style="text-align: center;">
Que tu enconde na cabeça</div>
<div style="text-align: center;">
Como um tesouro na mão.</div>
<div style="text-align: center;">
Manuel da Conceição</div>
<div style="text-align: center;">
camponês do Maranhão</div>
<div style="text-align: center;">
preso por 11 dias </div>
<div style="text-align: center;">
em tortura e humilhação,</div>
<div style="text-align: center;">
embora ainda estivesse </div>
<div style="text-align: center;">
todo estirado no chão</div>
<div style="text-align: center;">
ladrilhando suas forças</div>
<div style="text-align: center;">
libertou o seu segredo :</div>
<div style="text-align: center;">
ao pedir um quadro negro </div>
<div style="text-align: center;">
para a sua explicação.</div>
<div style="text-align: center;">
Naquela cela em que estavam</div>
<div style="text-align: center;">
os torturadores pasmos</div>
<div style="text-align: center;">
mal compreendiam a lição.</div>
<div style="text-align: center;">
E la ia o Conceição : </div>
<div style="text-align: center;">
o clarão que o giz traçava,</div>
<div style="text-align: center;">
segundo a fala da mão, </div>
<div style="text-align: center;">
falava de historia e pão,</div>
<div style="text-align: center;">
porque rico não faz greve</div>
<div style="text-align: center;">
e vive em sua mansão. </div>
<div style="text-align: center;">
Adiantou alguma coisa</div>
<div style="text-align: center;">
o seu sermão na prisão ? </div>
<div style="text-align: center;">
Aprenderam os que batiam</div>
<div style="text-align: center;">
a vida no Maranhão ?</div>
<div style="text-align: center;">
É difícil retratar</div>
<div style="text-align: center;">
o que disse o prisioneiro</div>
<div style="text-align: center;">
naquela situação.</div>
<div style="text-align: center;">
Não se sabe quanto tempo</div>
<div style="text-align: center;">
durou a peroração, </div>
<div style="text-align: center;">
sabe-se que alta noite</div>
<div style="text-align: center;">
na cela do Conceição</div>
<div style="text-align: center;">
surgiu um carcereiro</div>
<div style="text-align: center;">
que tão perturbado estava </div>
<div style="text-align: center;">
que em vez de carcereiro </div>
<div style="text-align: center;">
passou a anfitrião.</div>
<div style="text-align: center;">
Narrou ao camponês</div>
<div style="text-align: center;">
a vergonha que sentia</div>
<div style="text-align: center;">
na tortura e delação.</div>
<div style="text-align: center;">
Contou que tinha ordens</div>
<div style="text-align: center;">
para matá-lo escondido</div>
<div style="text-align: center;">
em vez de o por na prisão,</div>
<div style="text-align: center;">
mas que uma vizinha o vira</div>
<div style="text-align: center;">
quando veio o camburão</div>
<div style="text-align: center;">
e o alarme dado ao bispo</div>
<div style="text-align: center;">
livrou-o da execução.</div>
<div style="text-align: center;">
Manuel da Conceição</div>
<div style="text-align: center;">
olhou seu torturador</div>
<div style="text-align: center;">
numa reversa lição</div>
<div style="text-align: center;">
e foi simples e certeiro :</div>
<div style="text-align: center;">
não sou eu quem lhe perdoa</div>
<div style="text-align: center;">
se há perdão possível</div>
<div style="text-align: center;">
peça ao povo brasileiro.</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
ARTHUR POERNERhttp://www.blogger.com/profile/10861725823348714550noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3974253794322861108.post-67874013472842772852014-11-23T00:14:00.000-02:002014-11-23T00:14:02.243-02:00RESSURREIÇÃO NA ABL<div style="text-align: right;">
<br /></div>
<div style="text-align: right;">
3 de novembro de 2014 • Rio de Janeiro </div>
<br />
Se julho foi um mês de luto na Academia Brasileira de Letras, com as partidas do poeta e crítico literário carioca Ivan Junqueira, do romancista e jornalista baiano João Ubaldo Ribeiro e do dramaturgo paraibano Ariano Suassuna, outubro seria o da ressurreição da Casa em sua plenitude, com as eleições para as três cadeiras vagas, respectivamente, do poeta e jornalista maranhense Ferreira Gullar, do historiador pernambucano Evaldo Cabral de Mello e, na última quinta-feira, do escritor e jornalista mineiro Zuenir Ventura.<br />
Este, com o seu espírito conciliatório, teve importante papel num momento especialmente traumático da minha vida, quando fui preso, em abril de 1970, no Correio da Manhã. Como chefe de redação e com a sua vocação para o diálogo, Zuenir tentou adiar o momento em que me levariam, apelando, inclusive, para a caridosa mentira de que eu seria essencial ao fechamento da edição. Não colou, obviamente, mas aqueles minutos do papo que manteve com os meus captores foram suficientes para que eu promovesse uma 'limpeza' nos bolsos do paletó, com a retirada do caderninho de telefones e endereços e de outros papéis que, apreendidos, certamente acarretariam sustos e aborrecimentos a terceiros. Parabéns, Zuenir !<br />
<div style="text-align: center;">
<b>Arthur Poerner</b></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
ARTHUR POERNERhttp://www.blogger.com/profile/10861725823348714550noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3974253794322861108.post-41582025981346599332014-11-16T00:27:00.001-02:002014-11-16T00:27:37.445-02:00Um pouco de gurufim para Leandro<br />
Ao falar do importante pensador que acabamos de perder, não se pode omitir o seu pai, o médico sanitarista catarinense Valério Konder, expoente do PCB que acumulou uma vintena de prisões políticas desde o Movimento da Aliança Nacional Libertadora de 1935, a última delas, pouco antes da morte, durante a ditadura militar, que já o havia privado dos direitos políticos. Conheci antes o Valério, argumento de que se valia o Leandro, naquele seu eterno jeito brincalhão, para inverter a nossa diferença de idade: "<i>O Poerner é mais velho do que eu. Era amigo do Papai, que nos apresentou</i>".<br />
Já no nosso exílio alemão, como ele era o que, à época, chamávamos de boa-pinta, num país em que nós, brasileiros, parecíamos ter boa aceitação entre as liberadas nativas, numa ocasião em que a discussão do nosso grupo ameaçava deixar o amplo espaço do marxismo para degenerar na distribuição de pechas de 'mulherengo", o Leandro soube se acautelar e poupar outros visados ao decretar, em solene tom filosófico: "<i>Mulher da gente só se conta a partir de um ano de coabitação</i>". Foi um alívio generalizado entre os 'galinhas' presentes<br />
Ainda a título de gurufim, aquela saudável prática de comunidades negras não só no Rio, mas também em São Paulo, de amenizar a tristeza dos velórios, homenageando os mortos com brincadeiras, cantos e danças, não posso esquecer do apelido dado ao Leandro e ao Carlos Nelson Coutinho, filósofo baiano que foi seu parceiro de estudos por quatro décadas, ambos entusiásticos admiradores da obra do filósofo e político marxista e humanista húngaro György Lukács: os "Aprendizes de Lucas". Não lembro se a autoria, com a alusão à homônima escola de samba, foi do Maurício Azêdo ou do Sérgio Cabral pai, mas a gozação saiu do nosso grupo de jornalistas da resistência à ditadura, no qual os arroubos marxistas não arrefeceram a paixão pelas escolas, em que alguns, inclusive, desfilávamos nos carnavais.<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<b>Arthur Poerner</b></div>
<div style="text-align: center;">
<b><br /></b></div>
<div>
<br /></div>
ARTHUR POERNERhttp://www.blogger.com/profile/10861725823348714550noreply@blogger.com0