quarta-feira, 29 de abril de 2009

14 abr.2009, "O aniversário do golpe da mentira" *


Arthur Poerner

Tal como a invasão norte-americana no Iraque, o golpe militar de 1964 se baseou em mentiras. Às jamais encontradas armas de destruição em massa de Saddam Hussein correspondeu uma suposta “comunização” em marcha no Brasil, com a iminência da “dissolução da família”, do “fim da propriedade privada”, da “subversão da lei e da ordem” e de outras balelas do gênero. Além das senhoras da Camde (Campanha da Mulher pela Democracia) e da classe média alienada que conseguiram mobilizar com as suas “Marchas da Família com Deus pela Liberdade”, muita gente acreditou, e alguns, uma vez “salva a pátria”, chegaram mesmo a doar “ouro para o bem do Brasil”.

Como um companheiro de turma de rua em Copacabana, que, aos quase 30 anos, passava os dias jogando frescobol e pegando ondas e mulheres na areia, sem nunca ter-se preocupado com trabalho ou política. Daí o meu espanto ao reencontrá-lo, lívido, na tarde de 31 de março, em disparada para o Palácio Guanabara, onde iria defender o governador Carlos Lacerda das “hordas vermelhas”. E ele explicou: - “Se os comunistas tomarem o poder, vão cobrar ingresso na praia”.

As marchadeiras foram tão inocentes úteis quanto muitos militares, que apenas seguiram o rebanho, para não destoar e não chamar atenção. O corporativismo, uma das pragas nacionais, fez o resto. E as nossas Forças Armadas, ao invés de celebrarem os seus feitos, como, por exemplo, o extraordinário papel que desempenham, apesar das carências de todo o tipo, na Amazônia, passaram décadas comemorando, anualmente, um momento infeliz da sua história, em que se deixaram manipular pelas elites mais reacionárias. Pura arrogância e despreparo para a autocrítica, pois, afinal, as instituições, como os indivíduos, colecionam erros e acertos em suas trajetórias. A Igreja Católica, com a sua secular sabedoria política, nem quer lembrar da Inquisição, assim como qualquer boêmio procura esquecer a noite em que bebeu mal, e a garotada de hoje, os momentos em que “pagou mico”.

O golpe se consumou em 1º de abril, “dia da mentira” – que, como se sabe, tem pernas curtas -, para frustração dos que resolveram batizá-lo de “Revolução de 31 de Março”. No caso, nem foram tão curtas, mas, 45 anos depois, já não há quem se disponha a movê-las para recordar o nefasto acontecimento, um retrocesso na nossa caminhada, como nação, para a democracia; nem, excetuado o ex-ministro Jarbas Passarinho, quem se proponha a justificá-lo e defendê-lo abertamente. Cada vez mais raros são os “revolucionários” de abril ainda assumidos: virou problema no currículo.

Não há mesmo o que defender. Inaugurada com brutal violação da ordem constitucional, a ditadura foi uma sucessão de desatinos de usurpadores, que, tirante o combate ao comunismo e a submissão às ordens dos EUA – imediatamente explicitada com o rompimento das relações diplomáticas com Cuba e a derrogação da lei que limitava a remessa de lucros ao exterior -, não tinham sequer um projeto para o país. Um golpe contra a democracia, contra as reformas de base do presidente João Goulart, contra a ascensão social das massas, contra a política externa independente e contra o debate nacional em que o Brasil se encontrava empenhado no início dos anos 60 não podia ser uma revolução, como a objetividade do presidente Geisel reconheceria com atraso.

Detonado a pretexto de salvaguardar a democracia, o golpe encetou o seu esmagamento. Sob o patrocínio de interesses estrangeiros, com o governo norte-americano lhe assegurando apoio, inclusive com a 4ª Frota em estado de alerta e o eventual suprimento de combustíveis pela Esso, se houvesse resistência, a quartelada só deixou alguma saudade - como traquinice da juventude ? - entre veteranos de clubes militares. Da ditadura que engendrou, o que restou de melhor, depois de 20 anos, 11 meses e 15 dias de violência e desmandos, foi a valorosa geração que se formou na luta pela sua derrubada. Como o reitor da PUC-RJ, padre Jesus Hortal, acaba de salientar, em entrevista ao Jornal do Brasil, os anos 70 “foram a melhor fase da igreja brasileira, combativa na luta pela democracia e pelo fim do regime instaurado em 1964”.

Por tudo isso, é chegada a hora de as Forças Armadas agirem como instituições nacionais permanentes do Estado, não mais como corporações à parte, também no caso dos arquivos da repressão, liberando-os, para que tantas famílias possam encontrar os seus mortos; e eu consiga, afinal, entender porque, em 1966, aos 26 anos, me tornei o mais jovem brasileiro com direitos políticos suspensos. Na própria redação do Correio da Manhã, o Antonio Callado, o Otto Maria Carpeaux, o Edmundo Moniz e outros tinham muito mais tempo de serviço e luta pela democracia, a ponto de Callado, sentindo-se preterido pela minha punição, ter escrito um sarcástico artigo de protesto, em que só faltou reivindicar para si a láurea que também o ornaria adiante, logo após o AI-5.

Os militares hoje na ativa nada tiveram a ver com o golpe e com o comando da ditadura que se seguiu. Não é justo constrangê-los a compartilhar, em nome de errônea e falsa interpretação da camaradagem de caserna, os erros e crimes – muitos deles contra a humanidade, imprescritíveis, como a tortura – de antecessores. O entulho autoritário tem que ser retirado de todos os nichos em que ainda é escondido e surrupiado ao conhecimento público e das próprias instâncias superiores, para a devida reciclagem, pois é parte, queiramos ou não, da nossa história. Mantê-lo sob censura, a estas alturas, é apenas mais um ato de violação: do direito à verdade e à memória nacional.

* Autorizada a reprodução, desde que creditada a autoria.

26 comentários:

Anônimo disse...

14 de abril de 2009 23:38
De: Antonio Carlos Poerner
Para: Arthur Poerner
Arthur,
Nota 10! Enfocando tudo o que necessário, não deixando nada de lado. O principal está em seu artigo. Eu, por outro lado,
sempre insisto em afirmar que o Governo do Pres. João Goulart era um governo constitucionalmente eleito, e que o golpe,
em 31 de março de 1964, atropelou a Constituição Brasileira, em nome das tantas mentiras por você elencadas.
Era ou seria meu adendo. A comparação com Bush não poderia ter sido mais feliz.
Abraços e Parabéns!
acpoerner

Anônimo disse...

GRANDE ARTIGO!!!

15 de abril de 2009 10:35
De: Joao Lins de Albuquerque
Para: Arthur Poerner

Oi Poener! Você fica cada vez mais afiado. Parabens pelo artigo. João Lins

Anônimo disse...

15 de abril de 2009 12:09
De: Alberto Saldanha
Para: Arthur Poerner

Caro Poerner,
Parabéns pelo artigo. Aproveito para informar que a partir de agora meu e-mail será outro. Por favor faça a devida alteração. O novo endereço é albertosaldanha1961@oi.com.br
Um Abraço,
Alberto Saldanha

Anônimo disse...

15 de abril de 2009 14:46
De: Associação 64/68 Anistia
Para: Arthur Poerner

Grato e parabéns pelo excelente texto. Divulgaremos em nossa rede. Mário Albuquerque

Anônimo disse...

15 de abril de 2009 16:01
De: Anuar Ide
Para: Associação 64/68 Anistia

OH...amigos, camaradas e companheiros,

O ARTHUR POERNER escreveu um belíssimo
antigo sobre o golpe de 64.

Mas quem é o Arthur Poerner ?

Abraço.
Anuar.

Anônimo disse...

16 de abril de 2009 11:28
De: Isnard Manso Vieira
Para: Bianca Benatti

Bianca,
agradeço o envio do artigo do Poerner e peço transmitir a ele os meus parabéns pela lucidez, clareza e senso de oportunidade.
Abraços do Isnard.

Anônimo disse...

16 de abril de 2009 16:34
De: José Carlos Moutinho
Para: Arthur Poerner

Agradeço o envio de importantíssimo artigo, que lerei com muita satisfação, tendo em vista a qualidade e autoridade do autor.
Saudações,
José Carlos Moutinho / jornalista

Anônimo disse...

16 de abril de 2009 16:39
De: Joyce Sobreira
Para: arthur poerner

Oi Arthur, td bem?

Otimo texto! Adorei!!!

Estarei de volta ao Rio no dia 1/maio e fico somente uns dias antes de ir para Manaus, vamos tentar marcar algo ta?

Um grande e saudoso beijo!

Anônimo disse...

16 de abril de 2009 17:39
De: Marcio Montserrat
Para: Arthur Poerner

Caro Arthur

Esclarecedor o artigo/crônica que você assina.
Eu era muito garoto - tinha meus 10/12 anos - e não entendia bem porque as pessoas tinham que falar baixo e, muitas vezes, a portas fechadas.
Ouvia que perguntavam por pessoas, as quais eu conhecia e que, de repente, tinham desaparecido ou viajado para bem longe.
Lembro-me de um primo - pelo qual eu tinha verdadeira paixão, pela bela figura, pelos modos educados e por sua alegria e inúmeras brincadeiras que fazia comigo e minhas irmãs menores - por quem, um dia naquele longínquo 1968, perguntei a meus pais onde estava e descobri que tinha ido para Europa. Me perguntava o porque desse afastamento abrupto já que, aos 32 anos, trabalhava num escritório de advocacia e tinha o mundo a seus pés: morava em Ipanema, tinha lindas namoradas (muitas das quais fizeram parte das minhas fantasias amorosas, próprias da idade), tinha um belo Mercury 1963 e dinheiro. Só muito depois, vim a saber que se tratava de mais um dos auto exilados, pois, em uma de suas defesas, criticara o "sistema" e o "momento" que vivia o povo brasileiro e passara a ser "procurado". Nunca foi "apanhado", mas, em 1987, quando voltou do "exílio", com pouco mais de 50 anos, trazia no rosto as marcas do sofrimento pelo qual passara, aparentando um aspecto envelhecido que nada lembrava o bonitão do final dos anos 60.
É bom que a nova geração - de civis e militares - conheçam esses "erros" e "mentiras" daquela época para que não os cultue em comemorações constrangedoras. E nem os repita, tampouco.
Parabéns por mais essa bela página.

Abraço

Marcio Montserrat

Anônimo disse...

16 de abril de 2009 17:53
De: Ovidio Melo
Para: Bianca Benatti

Cara Bianca: Muito obrigado pelo artigo do Poerner sobre o golpe militar de 64. É algo que sujará nossa história para sempre. Abraço do Ovidio
Cara Bianca
Obrigado pelo artigo do Poerner sobre o golpe de abril 64. Abraço para Voces. Ovidio

Anônimo disse...

16 de abril de 2009 18:41
De: jesualdo correia
Para: Arthur Poerner

Caro Poerner,


Encaminhei o seu artigo para o blog do Fernando Massote.

http://massote.pro.br

Abraço

Anônimo disse...

16 de abril de 2009 22:10
Nara Boechat
Para: Bianca Benatti

Bianca,

Muito obrigada pelo texto. Fantástico. Tomei a liberdade de colocá-lo no blog do Circo Industrial e, claro, com os devidos créditos. Dê uma olhada e mostre também, para o Arthur Poerner.

Vamos manter contato.

O blog é: www.circoindustrial.blogspot.com

Abraços,
Nara Boechat

Anônimo disse...

17 de abril de 2009 12:23
Alfredo Herkenhoff
Para: Arthur Poerner

Caros colegas

No blogue-jornal Correio da Lapa, que em breve vira ponto com, republico textos de Poerner e Roberto Beling sobre golpes, anos de chumbo, mentiras e mais, muito mais... Aguardo visitas, colaborações interativas e, principalmente, sugestões e críticas... E claro, se puderem divulgar um pouquinho, fico-lhes ainda mais grato
Abraço fraterno e filial
Alfredo

é só clicar>

correiodalapa.blogspot.com

Anônimo disse...

18 de abril de 2009 07:51
De: Sérgio Muylaert
Para: Arthur Poerner

bravo, bravíssimo, QUERIDO POERNER, JÁ ESTAMOS REPASSANDO.
ABS,
MUYLAERT

19 de abril de 2009 17:36
De: Sérgio Muylaert
Para: Arthur Poerner

Querido Poerner, recebi retorno de seu artigo em que o leitor é também escritor e o felicita nos termos em que se seguem.
Parabéns,
Abs, renovados, Muylaert

----- Original Message -----
Dom 19/04/09 16:52
De: Alaor Barbosa
Para: Sérgio Muylaert

Sérgio,
obrigado por me mandares o texto do Artur Poerner. Ele diz sobre o Golpe de 64 o que eu penso.
Exatamente o que eu penso.
Ando pensando em escrever também. Inevitavelmente vou repetir coisas ditas por ele.
Estou toda terça-feira no Diário da Manhã, de Goiânia. Venho publicando, há algumas semanas, uma série de artigos intitulada "O que fica do marxismo".
Te remeto a ela.
Abraço.
Alaor Barbosa.

Anônimo disse...

19 de abril de 2009 06:21
De: Pedro
Para: Arthur Poerner

Excelente manifestação, Arthur, pois, na minha opinião, destaca que a sociedade estava rachada. Aliás, continua, haja vista as críticas ao trabalho da anistia.

Pedro

Anônimo disse...

19 de abril de 2009 22:14
De: Francisco Mattos
Para: Arthur Poerner

Caríssimo Poerner,
Belo artigo, cuja lavra é fonte de um combativo e fraterno amigo antigo dos anos de chumbo
Abração,
Chico.

Anônimo disse...

20 de abril de 2009 19:11
De: Bernardo Costa
Para: Arthur Poerner

Beleza Poerner, eu vi o artigo hoje no JB. Ainda hoje, ele vai entrar no nosso site e depois no Jornal da ABI. Quanto à data, vou comunicar ao grupo.

Grande abraço e saudações rubro-negras.

Bernardo.

Anônimo disse...

20 de abril de 2009 19:49
De: Marcio Montserrat
Para: Arthur Poerner

Siga em frente, com minha grande admiração.
Abraço
Marcio Montserrat

Anônimo disse...

21 de abril de 2009 23:18
De: Rui Pizarro
Para: Francisco Mattos

É verdade, Chico; um belíssimo e oportuno artigo do Poerner, a quem aproveito para saudar e parabenizar. O texto serve para lembrar que, no Brasil, não existiram "revolucionários de abril", mas sim golpistas de abril, que traíram a democracia e seus conterrâneos. Os verdadeiros "revolucionários de abril" foram os militares não daqui, mas de Portugal, que 10 anos depois da vergonha do 1o. de abril brasileiro, derubaram uma ditadura e acabaram com uma guerra colonial fraticida.
Espero que, um dia não muito distante, a atual geração de militares do Brasil tenha consciência suficiente para reparar os erros do passado, abrindo seus arquivos e, com atitudes democráticas e transparentes, reconquiste não o medo, mas o orgulho dos brasileiros.
Saudações fraternais a todo.

Rui Pizarro

Anônimo disse...

22 de abril de 2009 09:40
De: Eurico de Farias Reis
Para: Arthur Poerner

Prezado Poerner; Li e gostei seu brilhante artigo publicado JB dia 20, sobre o golpe de mentira ou da mentira do golpe. Receba meus parabens com um forte abraço. Eurico

Anônimo disse...

25 de abril de 2009 17:55
De: Paulo Abrao Pires Junior .
Para: Arthur Poerner

Caro amigo Poerner,

Seus textos sao sempre muito elucidativos! Vou distribuir para minha lista de contatos. Espero firmemente que seu processo se finalize o mais breve possível.

outro grande abraço,

Paulo Abrão

Anônimo disse...

De: Jose Luiz de Sousa Gomes
Para: Arthur Poerner

Parabéns pelo artigo. Precioso. Um grande abraço, José Luiz de Sousa Gomes.

Anônimo disse...

28 de abril de 2009 16:13
Texto do Poerner
De: Sérgio Muylaert
Para: Arthur Poerner
Querido Poerner, em nossas acanhadas militâncias vou repassando como pequeno agitador cultural o texto de sua autoria.
O VanderleY Caixe tem programado este assunto.
Leia a seguir e se interessar faça o contato com ele.
É dinâmico e interessante por serum blog avançado e de S. Paulo, com leitores por todas as partes.
Abs,
Saudades,
Muy

De:Vanderley Caixe vanderleycaixe@revistaoberro.com.br
Para: Sérgio Muylaert
Data: Tue, 28 Apr 2009 12:19:12
Assunto: Re: O aniversário do golpe da mentira (Poerner)
O texto do Poerner está bom. Aliás até devo ter separado para - naquela série da ditadura - acrescentar , aliás complementar com outros textos do expurgo de milhares de militares inclusive muitas patentes altas, nacionalistas,
como Kardek e outros.
Vou ver isso. Penso em retomar mais tarde num outro enfoque.
abraço.

Anônimo disse...

8 de maio de 2009 10:41
De: jesualdo correia

Para: Arthur Poerner
Caro Poerner,



O Fernando Massote parece discordar de algumas de suas posturas e, aparentemente, por essa razão, não publicou. Não sei se por diferenças pessoais ou especificamente ideológicas- parece que algo a ver com um suposto apoio seu ao populismo lulista. Não sei, pois não entrei em detalhes.

Saudações Gurdjieffianas.

Bernardo Costa disse...

É Poerner, parece que o artigo está rodando, e com grande sucesso.

Lendo-o lembrei de um papo que ouvi na praia outro dia. Não pude deixar de escutar, dado a importância do assunto. Dois homens conversavam sobre a crise econômica, dizendo que o Brasil não sofria nada com ela. Assumiram o discurso da marolinha, do Lula.

Mas o pior foi um deles ter comentado que não fosse a ditadura, que impediu que os comunistas chegassem ao poder, e o milagre aconômico da década de 70, o País não estaria nesta posição privilegiada de hoje.

Sorte que, propagados os efeitos da crise, o desemprego não bateu a porta deles. Talvez sejam uma espécie de fiscal da praia, como o amigo que você cita no artigo.

Vi, nesses homens, a mesma posição e desinformação da classe média que apoiou e desencadeou o golpe da 64, ou seja, o perigo de um retorno às trevas existe.

Não duvido nada que esses caras defendam a aniquilação das favelas e periferias da cidade a partir de disparos de canhões das nossas Forças Armadas.

Grande abraço e parabéns

Anônimo disse...

27 de maio de 2009 18:06
De: Celestino Souza
Para: Arthur Poerner

Poerner,bom dia!
Recebi e já um artigo sobre o golpe da mentira. Está muito bom. O segundo eu devo depois de amanhã imprimi-lo e lê-lo. Mas já vi que é bom. Há informações boas. Inclusive sobre o Poder Jovem que os militares o impediram. Deveria se fazer um outro lançamento, não sei, junto, exatamente,aos estudantes.Bem, talvez você já tenha tomado outras providências. Bem, depois de ler a entrevista eu lhe envio outro é-mail.


Abraços para você, sua esposa e quando eu for ao Rio lhe telefono.
Obrigado,
Celestino.