quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Filhos do PC e da Portela


        Filhos do PC e da Portela                                  23 jan 2013                     


Noca, meu caro,

não podemos jamais perder o contato, pois somos irmãos de ideias e ideais enquanto filhos do PC e da Portela. Irei revê-lo dia 06 ou 07, no Rio Scenarium*. Abaixo, vão os textos de que lhe falei ontem. Com o saudoso e afetuoso abraço do
                                            Poerner

* O show de Noca da Portela no Rio Scenarium, para o lançamento do CD "Cor da minha raça", voltará depois do Carnaval. 

.

                                                                                                                    

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Republicação do obituário de Niemeyer


Republicação do obituário de Niemeyer

Roberto Amaral
16 jan (2 dias atrás)

para mim
Caro amigo
Peço sua autorização para postar seu belo artigo em meu sítio 
Saudações socialistas,
Roberto Amaral 


Arthur Poerner 

18 jan

Roberto, meu caro,

você está sempre autorizado a republicar qualquer texto meu, inclusive dos livros, não só no seu sítio como também onde mais julgar oportuno. Valio-me o ensejo para encaminhar-lhe abaixo a nota que fiz sobre outra grande perda ocorrida logo a seguir, a do meu querido amigo Irun Sant'Anna.
           Quando tiver um tempinho para trocar umas idéias, o que não deve acontecer com frequência pelo que acompanho na mídia, não deixe de ligar. Aos 73 anos, constato, sem amargura, mas com objetividade, que são cada vez mais escassas para mim os amigos que têm idéias a trocar. Não estão mais aí o Houaiss, o Ênio... e os que estão partindo.
           Com os melhores votos para o ano que ainda se inicia e o afetuoso abraço do
                                                                                                                  Poerner 
   

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Por ganhos bem maiores que as perdas em 2013 !


Por ganhos bem maiores que as perdas em 2013 !
Mesmo sem Zuleika, Oscar e Irun 


     Antes de se completar o primeiro mês sem o talento, a criatividade e a paixão pela vida, pelo trabalho e pela justiça social do Oscar Niemeyer, mais dois companheiros de campanhas democráticas se foram, quase na virada do ano: Zuleiza Alambert, aos 90 anos, e Irun Sant’Anna, aos 96, ambos, como o Niemeyer, militantes comunistas, gente de muito caráter, firmeza e humanismo.
     A longevidade me parece ser – obviamente, em períodos sem guerras ou ditaduras -uma das características, assim como das recompensas, dos que não combatem por interesses menores, pessoais e oportunistas. As grandes causas democráticas são sempre corridas de fundo, que exigem, além de formação e coerência culturais e ideológicas, paciência e persistência. Em compensação, os que resolvem encará-las nunca ficarão sem ter o que fazer, jamais serão inativos nem fenecerão, como ocorre com tantos depois que se aposentam.
     Zuleika e Irun viveram assim, na mesma linha do Oscar. Com ela tive poucas vezes, nos meus tempos de Partido Comunista Brasileiro (PCB), na resistência à ditadura. Do médico Irun tive a honra e o privilégio de ser amigo, pois era, como eu, ligado à história da União Nacional dos Estudantes (UNE), o remanescente dos que a fundaram há mais de 75 anos. Aliás, o derradeiro ato político de que participou foi, em 12 de agosto passado, o lançamento da pedra fundamental da nova sede da entidade, no histórico endereço da Praia do Flamengo, 132. Não pude comparecer, mas estivéramos juntos na passeata que culminou, em 1º de fevereiro de 2007, na retomada do terreno.
     Só mesmo falências múltiplas dos órgãos para deter essas caminhadas, que aqui no Brasil, apesar de todos os avanços e conquistas das três últimas décadas, ainda terão que se multiplicar e generalizar em muitos outros pés e cabeças para que alcancemos uma democracia digna deste nome. Só quando preconceitos como, por exemplo, os de cor e de gênero, deixarem de se manifestar nas diferenças salariais, quando as reações, inclusive da grande mídia, à presença de negros à frente de ministérios ou poderes da República não forem mais de maldisfarçado espanto, e as passeatas gays tiverem perdido todo o sentido, tal como as queimas de sutiãs das pioneiras feministas, estaremos nos aproximando da linha de chegada. Ainda há muito chão pela frente...
      Que 2013 seja um ano de fortalecimento e consolidação da democracia no Brasil e no mundo, de progresso e evolução coletivos e individuais para todos. Com a concretização dos melhores sonhos de Zuleika Alambert, Irun Sant’Anna e Oscar Niemeyer, mas com o mínimo de perdas como as que eles passaram a representar com as suas partidas. São os meus votos.
                                                              Arthur Poerner



Irun prestigiou a noite de autógrafos da 3º edição Brasileira do meu romance Nas profundas do Inferno no Lamas, em 17.12.2007. Foto Flávio Pacheco