terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

MODECON - Movimento em Defesa da Economia Nacional

                               
Painel: 50 Anos do Golpe e Repressão Política
-Para Não esquecer-

             Dia 17 de Março: Civis e Militares no Golpe

·  Aluízio Alves Filho (UFRJ / PUC) - Moderador
·  Bolívar Meirelles (Coronel Anistiado)
·  Carlos Eugênio Clemente Paz (Cte da ALN)
·  Fabiano Farias (Historiador)

Dia 24 de Março: Interpretações do Golpe
·  João Batista Damasceno (Juiz de Direito) - Moderador
·  Daniel Aarão Reis Filho (UFF)
·  Mário Grabois (Historiador)
·  João Dornelles (PUC / CV-RJ)

Dia 31 de Março: Caráter do Regime e a Anistia

·  Lincoln de Abreu Penna (UFRJ / MODECON) – Moderador
·  Anita Leocádia Prestes (UFRJ / ILCP)
·  Arthur Poerner (Jornalista e Escritor)
·  Modesto da Silveira (Advogado)


·  Rua Araújo Porto Alegre, 71 - 10º andar - Centro
·  Email - modecon@globo.com - telefax (021) 2262.5734
·  Reuniões - segundas-feiras, às 17.30 min
·  Blogue: http//modecon.zip.net

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Abaixo a violência !


       "Poderia ter sido qualquer um de nós" foi a sintética e profunda mensagem que marcou, ontem, o velório do cinegrafista Santiago de Andrade, da TV Bandeirantes, no Memorial do Carmo, no Caju. E este "nós" se estende muito além dos jornalistas que hoje têm que enfrentar, a par da violência de uma polícia ainda em fase de aprendizado de democracia, a do radicalismo e do vandalismo inconsequentes, como os da minha geração procurávamos resistir às investidas das forças policial-militares da ditadura.
       "Nós" somos todos os brasileiros, das mais diferentes origens e profissões, que estão conscientes de que a democracia não pode se fortalecer sem a participação, nem esta se restringir ao comparecimento, a cada dois anos, a uma urna eleitoral. E a violência das ruas prejudica a participação nas passeatas, fundamental nesse processo, como a dos estádios afugenta os torcedores. A violência, portanto, no estágio em que nos encontramos, é um poderoso entrave à plenitude democrática em nosso país. Daí a importância de se descobrir quem está até pagando para fomentá-la.
                               
                                                                   Arthur Poerner

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Paradas cardíacas do amigo ex-marinheiro Antonio Duarte



Em 1.02.2014, Adail Ivan de Lemos 

Prezados amigos e companheiros, 
É com grande satisfação que comunicamos que nosso companheiro Antonio Duarte foi operado no Hospital São Carlos em Lisboa. Submeteu-se a uma operação de ponte de safena depois de 9 paradas cardíacas consecutivas (o que colocou sua vida constantemente em perigo), 
 O resultado da cirurgia foi considerado excelente pelos médicos.
Duarte já conseguiu entrar em contato telefônico com nosso companheiro Fernando no Rio de Janeiro. 
Graças a Deus, Duarte não irá abandonar o nosso convívio, especialmente dos seus companheiros que continuam firmes e combativos na luta contra o entulho deixado pela ditadura. 
Abs 
Adail Ivan de Lemos

 De: Arthur Poerner
Data: 3.02.2014

        Adail, meu caro,
        excelente notícia, pois gosto muito dos irmãos Duarte, que conheço desde o tempo em que apoiava, com o querido amigo e ex-colega da Marinha de Guerra Ferro Costa, o movimento dos marinheiros, eu já escrevendo no Correio da Manhã, no período imediatamente anterior ao golpe militar. Com o Antônio, estive, pela última vez, quando o convidei para jantar comigo no Armazém Carioca, aqui na esquina, no Leme, já faz algum tempo e ainda morava fora. De saúde, parecia muito bem, mas, em matéria de saúde, a aparência pode não dizer nada, pois eu também sou safenado e padeço de cardiopatia coronariana grave, sem que se possa perceber algum indício externo, inclusive porque jamais renunciei ao uisquinho antes e à taça de vinho tinto seco no acompanhamento da principal refeição, assim como a um pitozinho. Ainda bem que as coronárias não ficam expostas...Eu me sentiria nu diante dos amigos e companheiros,,,
          No Colégio Naval, em Angra dos Reis, onde se deu a nossa promoção à aspirante, com a consequente transferência à Escola Naval, o Ferro Costa e eu chegamos a ser punidos pela insistência em participar das peladas com os marinheiros. A integração com os subalternos, mesmo no futebol,  não era 'recomendável' aos futuros oficiais. É inclusive por isto que incluo A revolta da chibata, do Edmar Morel, na lista dos dez livros que se deve ler, necessariamente, para conhecer o Brasil, pois exibe a ideologia autoritária, elitista e excludente que marcou a nossa formação nacional. É contra isto que estamos lutando a toda hora.
            Foi por intermédio do pai do Ferro Costa, o sempre simpático e afável médico João Hamilton, que cheguei, em 1962, ao jornalismo, depois que fui desligado, por mais um ato de indisciplina, da Escola Naval. Como eu gostava de escrever, me indicou a um amigo, o jornalista pernambucano Wagner Teixeira, que me colocou na redação do Jornal do Commercio, o do Rio. Eu estava, enfim, na minha praia...
           Veja quanta memória veio à tona com a boa notícia que você me trouxe sobre a melhora do estado de saúde do grande companheiro Antonio Duarte. Como estou escrevendo um livro sobre aquela fase da minha vida, esta mensagem já virou quase um capítulo. Mais uma razão para te agradecer a boa nova. Com o abraço do  Poerner