O Dia da Consciência Negra deste ano virou, pra mim, uma Semana da Consciência Negra, com a atenta leitura do livro que um dos meus amigos mais antigos, o ator e diretor cinematográfico Zózimo Bulbul, me deu no meu aniversário: 25 anos (1980-2005): movimento negro no Brasil, do fotógrafo e histórico militante da cultura afro-brasileira Januario Garcia.
É um meticuloso levantamento, através de abalizados depoimentos de expoentes e estudiosos, da luta que ainda se trava, diariamente, em nosso país, pela conclusão da obra abolicionista iniciada em 1888.
O eminente cientista social Florestan Fernandes dizia que o Brasil só poderá se considerar uma autêntica democracia quando estiver plenamente efetivada a cidadania da sua população negra. Muito tem sido feito nesse sentido, os avanços são incontestes, mas as estatísticas e os índices socioeconômicos estão aí para provar que ainda não chegamos lá. E que a luta, em todas as frentes, vai ter que prosseguir. Esperemos todos que não sejam necessários mais 25 anos.
O livro, bilíngue, lançado pela Fundação Cultural Palmares, inclui vasto e magnífico material iconográfico, em que se destacam as belas fotos do Januário Garcia. Deveria constar de todas as bibliotecas do país.
Um comentário:
Instigou-me à leitura. Afinal; sejamos pardos ou pretos de fato, temos nossa matriz ancestralíssima nas profundezas da Mãe África - Naná Boroku.
Abraço grande!
Postar um comentário