sábado, 15 de junho de 2013

Rosiska na Academia


       Muito simpática e agradável a noite de posse da escritora e jornalista Rosiska Darcy de Oliveira, brava companheira da resistência à ditadura, na Academia Brasileira de Letras. Rosiska conseguiu aproveitar muito bem, na Suíça, como eu na Alemanha – uma das afinidades -, o exílio forçado pela repressão do regime. Doutorou-se em Educação na Universidade de Genebra e, com a anistia, tornou-se embaixadora do Brasil na Comissão Interamericana de Direitos da Mulher da OEA (Organização dos Estados Americanos) e consultora de organismos internacionais, como a Unesco.
        Para mim – ao lado da filha, Joyce -, a posse foi também um reencontro com pessoas que aprecio e admiro, como o teatrólogo Sérgio Fonta e os acadêmicos Cícero Sandroni, Alberto da Costa e Silva, Ivan Junqueira, Murilo Melo Filho, Alberto Venancio Filho, Arnaldo Niskier, Domício Proença Filho e Eduardo Portella, a quem coube o discurso de recepção da nova acadêmica.
        Rosiska tomou posse na cadeira nº 10, já ocupada por Rui Barbosa, eleita para a vaga aberta com a morte do escritor alagoano Lêdo Ivo, saudoso companheiro dos meus primeiros tempos de jornalismo: ele, na Tribuna da Imprensa, na Rua do Lavradio, e eu do outro lado, no Correio da Manhã, na Gomes Freire.
         Lêdo foi multifacético na literatura: poeta, contista, cronista, ensaísta e, para mim, sobretudo romancista, autor do premiado Ninho de cobras, que me deu, li com muito prazer e proveito, e guardo com carinho. Por isto, fiquei feliz com a sua crítica* ao meu romance Nas profundas do inferno, como ficaria muito triste, às vésperas do último Natal, com a noticia da sua morte, em Sevilha, onde visitava Gonçalo, o filho artista plástico; e, agora, de novo contente, com a Rosiska na cadeira que deixou vaga na Academia.
          Era desses amigos que, quando se vão em definitivo, deixam na gente uma ponta de culpa por não tê-los conhecido melhor.                                                     
  



Entre Rosiska e Lícia Peres, querida companheira gaúcha, viúva do Glênio, vice-prefeito de Porto Alegre e companheiro do Pasquim (foto Joyce)


Com Joyce, meu par na noitada literária (foto S. Fonta)


Com Sérgio Fonta, companheiro do Pen Clube (foto Joyce)

4 comentários:

Murilo Mello Filho disse...


Rio, domingo, 16.
Sou-lhe muito grato pela inclusão do meu nome dentre os dos seus inúmeros amigos, que mataram anteontem um pouco da saudade ao reencontrá-lo na posse da nossa querida Rosiska.Você generoso, mas também saudoso, como sempre.
Abrações carinhosos
MURILO

Sérgio Fonta disse...

17 jun (2 dias atrás)

para mim
Caro Poerner,

acabo de acessar seu blogue: muito bom! Parabéns!
E obrigado pela menção do nosso nome naquele agradabilíssimo encontro na ABL. Aproveito para enviar, em anexo, o convite para minha posse na Academia Brasileira de Arte, que será no próximo dia 25 de junho. Você e sua filha são nossos convidados. Só pediria, caso possam comparecer, que fizessem a gentileza, se possível, de me confirmarem a presença. Será um prazer recebê-los.

Um grande abraço

Sérgio Caldieri disse...

Sergio Caldieri
11:31 (10 horas atrás)

para mim
Maravilha Arthur Poerner, pela elegante noite na ABL.

Adua Nesi disse...

Oi Poerner,
Bom vê-lo, mesmo q por fotos.
Abraço,
Adua