quinta-feira, 26 de maio de 2016

Pra "estancar a sangria" da Lava-Jato



       Depois de um fim de semana para comemorar o recuo do Temer, com a recriação do Ministério da Cultura, o início desta foi ainda mais auspicioso, com a divulgação do diálogo mantido pelo ministro do Planejamento, senador Romero Jucá, com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado -  este, às vésperas de ser admitido na chamada "delação premiada". O papo serviu para eliminar qualquer dúvida quanto ao caráter golpista da trama que resultou no impedimento, até agora provisório, da presidenta Dilma Rousseff..
       Na gravação, de março passado, o senador, investigado pela Lava-Jato em dois inquéritos sobre propinas, acentua, por isto, que é preciso "mudar o governo pra poder estancar essa sangria", ou seja, impedir o prosseguimento das investigações que põem em risco o seu mandato, assim como os de outros políticos, entre os quais destaca o colega tucano Aécio Neves. Jucá informa que, para conseguir o afastamento da Dilma,, já falara "com alguns ministros do STF" , estava "conversando com os generais. comandantes militares", e podia assegurar que estava "tudo tranquilo, os caras dizem que vão garantir".


                                                      Arthur Poerner

4 comentários:

Delano Brayner disse...

COMO SEMPRE, A LUCIDEZ DE UM COLEGA JORNALISTA EXPERIENTE E OTIMISTA

Dom Gentil Brito disse...

O cancer do golpe expondo os seus tumores !!

Isa Fonseca disse...

Depois disso tudo, será que é preciso a Dilma se dar ao trabalho de explicar a palavra golpe?

Adua Nesi Poerner disse...

esse presidente interino/ 6 meses, tem respaldo jurídico, para fazer todas essas mudanças/ catástrofes, no governo?